Washington, 25 abr (EFE).- O Banco Mundial (BM) aprovou hoje o
aumento em 3,13 pontos percentuais do peso dos países emergentes no
organismo, para 47,19%, assim como uma ampliação de capital de US$
5,1 bilhões, disseram à Agência Efe fontes próximas às negociações.
Espera-se que o anúncio oficial ocorra ao redor das 15h30 (no
horário de Brasília) durante uma entrevista coletiva com a presença
do presidente do Banco, Robert Zoellick, e o diretor-geral do Fundo
Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Khan.
Representantes dos 186 países-membros do organismo estão hoje
reunidos na capital americana na assembleia anual conjunta do FMI e
do BM neste fim de semana.
Do capital pago de US$ 5,1 bilhões, um total de US$ 1,6 bilhão é
o que o organismo define como "capital seletivo", relacionado com a
transposição de poder, já que os países que recebem maior peso terão
que fazer também uma contribuição extra.
O Banco Mundial não ampliava seu capital há 20 anos.
Os países em desenvolvimento solicitavam há tempo uma reforma na
estrutura de poder do FMI e do BM que ofereça um melhor reflexo do
peso atual das economias emergentes.
De fato, o G-24, que agrupa a países em desenvolvimento, pediu
esta semana que a reforma no Banco Mundial lhes outorgasse 50% do
poder de voto no seio da instituição.
"Esperamos que para 2015 tenhamos a paridade", disse em
entrevista coletiva esta semana o representante do Brasil na
reunião, Rogério Studart.
O Grupo dos 20 (G20, os principais ricos e emergentes), que
agrupa aos principais países desenvolvidos e em desenvolvimento,
solicitou em setembro durante uma reunião de chefes de Estado na
cidade americana de Pittsburgh que os países ricos transferissem
pelo menos 3% às nações em desenvolvimento no Banco Mundial.
No FMI essa transposição deveria de ser do pelo menos cinco
pontos percentuais. EFE