Bancos centrais da América do Sul temem excesso de liquidez em países ricos

Publicado 12.04.2013, 19:43
Atualizado 12.04.2013, 20:14

Rio de Janeiro, 12 abr (EFE).- Os bancos centrais sul-americanos manifestaram nesta sexta-feira sua preocupação com o efeito negativo que o excesso de liquidez produzida pelas políticas expansivas dos países ricos possa causar nas taxas de câmbio e na estabilidade financeira das economias emergentes.

"Em um quadro internacional ainda incerto e delicado, permanece objeto de especial atenção o crescimento significativo da liquidez internacional resultante das medidas de expansão monetária em economias avançadas", afirmaram os presidentes dos órgãos emissores em comunicado conjunto assinado em reunião no Rio de Janeiro.

Essa liquidez excessiva poderia ter "efeitos sobre as taxas de câmbio e a estabilidade financeira das economias emergentes", segundo o comunicado redigido na 25ª Reunião de Presidentes de Bancos Centrais da América do Sul, realizada nesta sexta.

Os presidentes avaliaram os "sinais que sugerem uma provável recuperação do crescimento" da economia dos Estados Unidos e o possível impacto das recentes medidas monetárias do Japão.

Sobre a economia regional, ressaltaram que os países da América do Sul "conseguiram evitar uma deterioração" da economia, dizendo esperar que o crescimento médio melhore este ano.

"Em geral, a inflação permanece sob controle, mas requer vigilância permanente, em particular frente aos choques externos", afirmou o comunicado.

Além disso, se destacou que o desemprego se encontra em níveis "historicamente baixos", o que é um fator que "contribuiu" para fortalecer os mercados internos e o nível de atividade.

Na próxima reunião, que será realizada em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) em outubro próximo, serão apresentados dois estudos, um sobre a evolução dos preços dos ativos, que ficará a cargo do Chile, e outro sobre os critérios para estudar o comportamento do crédito, que será elaborado pela Colômbia.

Estiveram presentes na reunião os presidentes dos bancos centrais do Brasil, Alexandre Tombini; Argentina, Mercedes Marcó; Chile, Rodrigo Vergara; Colômbia, José Darío Uribe; Equador, Diego Martínez; Paraguai, Jorge Raúl Corvalán; Peru, Julio Velarde; e Uruguai, Mario Bergara.

Além disso participaram o diretor do Banco Central da Bolívia Hugo Dorado e seu colega da Venezuela José Félix Rivas, segundo a nota. EFE

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