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Bancos centrais terão que assumir mais responsabilidades no futuro

Publicado 11.06.2009, 17:30
Atualizado 11.06.2009, 17:35

Julio César Rivas.

Montreal (Canadá), 11 jun (EFE).- A Conferência de Montreal terminou hoje entre advertências de que os bancos centrais terão que assumir mais responsabilidades no futuro, após a ruptura do sistema financeiro causada pela crise econômica mundial.

O presidente do Banco do México, Guillermo Ortiz Martínez, disse em seu discurso na sessão que fechou o Fórum Econômico Internacional das Américas (também conhecido como a Conferência de Montreal), que "o tradicional papel dos bancos centrais" foi expandido durante a atual crise.

"É importante voltar a pensar no papel dos bancos centrais como guardiães da estabilidade financeira. Vários assuntos têm que ser analisados, por exemplo, o papel dos bancos centrais, como o último recurso para empréstimos", acrescentou Ortiz Martínez.

O presidente do Banco do Canadá, Mark Carney, disse que os bancos centrais "junto com outras agências públicas, devem promover tanto a infraestrutura necessária para o mercado, quanto políticas responsáveis".

Carney assinalou que "há quatro prioridades para uma globalização renovada".

A primeira seria um aumento da transparência para que "os riscos possam ser identificados de forma mais efetiva". A segunda é que os "mercados centrais de financiamento deveriam ser mais eficientes e menos suscetíveis a variações extremas de preços".

Além disso, "deve-se iniciar regulações macro prudentes para ajudar a suavizar o ciclo do crédito", disse Carney.

"Todos os países devem aceitar suas responsabilidades para promover um sistema monetário internacional mais aberto, flexível e resistente", concluiu o presidente do banco canadense.

Durante a conferência, Hiroshi Watanabe, presidente do Banco de Cooperação Internacional do Japão, também se referiu à fraqueza do dólar.

Watanabe disse que embora "o poder do dólar venha a se debilitar no futuro, não há um candidato evidente para sua substituição" como divisa do comércio internacional.

O presidente do Banco do Líbano, Riad Toufic Salameh, concordou com Watanabe em que "a curto prazo, não existe um substituto para o dólar" e que a volatilidade atual da moeda americana "vai complicar o comércio internacional".

O ministro da Economia da República Dominicana, Temístocles Montás, advertiu que as economias caribenhas são especialmente vulneráveis aos efeitos da crise financeira mundial, após sofrerem o aumento dos preços de matérias-primas e alimentos.

"A rápida e drástica queda da demanda nos Estados Unidos e na União Europeia (UE) se traduziu em uma queda das exportações, das remessas e do turismo" para a região, disse Montás.

A Conferência de Montreal, que este ano completou seu 15º aniversário, começou na segunda-feira passada na cidade canadense, com o tema "A adaptação à nova ordem mundial".

Entre as 150 pessoas que discursaram este ano na reunião, que é qualificada como o equivalente ao Fórum de Davos no continente americano, estavam o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, e o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn.

O mundo político foi representado por personalidades como o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, e a ex-secretária de Estado americana Madeleine Albright.

A presença de Uribe foi marcada por polêmica.

O presidente colombiano chegou ao Canadá com o objetivo de defender o tratado de livre-comércio que Bogotá assinou com Ottawa e que está paralisado no Parlamento canadense.

Partidos da oposição, sindicatos e organizações de direitos humanos se opuseram ao acordo, assim como à visita de Uribe, pelas violações de direitos humanos em seu país.

Mas Uribe aproveitou a Conferência de Montreal para lançar uma forte defesa de suas políticas, das forças armadas colombianas e do livre-comércio. EFE

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