Frankfurt (Alemanha), 9 jun (EFE).- O Conselho do Banco Central Europeu (BCE) deixou nesta quinta-feira inalteradas as taxas de juros na zona do euro em 1,25%.
A instituição europeia informou em Frankfurt que também manteve a facilidade marginal de crédito, pela qual empresta dinheiro aos bancos durante um dia, em 2%, e a facilidade de depósito em 0,5%, que remunera depósitos overnight aos bancos centrais.
Os mercados acreditam que o BCE subirá o preço do dinheiro de forma moderada em julho.
Já o Banco da Inglaterra deixou inalteradas as taxas de juros (no mínimo histórico) de 0,5%, apesar de a inflação superar os 4%.
Na quarta-feira, o Banco Central da Polônia subiu sua taxa reitora, pela quarta vez no ano, em 25 pontos básicos, para 4,5% devido ao aumento da inflação.
O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, cujo mandato termina no fim de outubro, dará detalhes das deliberações em entrevista coletiva e publicará as novas projeções de crescimento e inflação para este ano e o próximo.
O BCE considera que existem riscos inflacionários no médio prazo, razão pela qual subiu de forma moderada o preço do dinheiro em abril, pela primeira vez em quase três anos, e com a qual justificará o próximo aumento de julho.
Pela primeira vez desde setembro de 2010, a taxa de inflação anualizada da zona do euro se moderou em maio, embora só um décimo, de 2,8% de abril para 2,7%.
O banco europeu se opõe a qualquer tipo de reestruturação da dívida grega, mas aceita que os credores renovem de forma voluntária seus bônus uma vez cheguem ao vencimento, medida já adotada na chamada "Iniciativa de Viena" em 2009, durante a crise de dívida dos países da Europa Central e do Leste.
O BCE se opõe a este tipo de reestruturação da dívida e avisou que em caso de ocorrer, não aceitará os bônus gregos como garantia em suas operações de refinanciamento.
O banco europeu adquiriu bônus no valor de 45 bilhões de euros e aceitou os bancos comerciais gregos nas operações de refinanciamento de títulos de dívida de seu país no valor de 90,4 bilhões de euros.
As agências de classificação de risco Moody's e Fitch consideram que a reestruturação da dívida grega seria como uma moratória.
Junto aos bancos gregos e o BCE, os maiores credores da Grécia são as entidades bancárias da zona do euro, principalmente as francesas e alemãs. EFE