Redação Central, 12 jul (EFE).- As bolsas e os mercados de dívida europeus vivem um dia de grande volatilidade pelas dúvidas sobre o resgate grego e o contágio a outros países, apesar das gratificações de risco da Espanha, Itália e Portugal parecerem ter-se estabilizado ao meio-dia.
Complicou o cenário já nebuloso o risco de os Estados Unidos entrarem em moratória, se o Congresso não aprovar o aumento do limite de endividamento.
Há dias, estes têm à Itália e a Espanha na mira de possível contágio da situação helena, diante do Eurogrupo não reagir com contundência à crise.
O prêmio de risco dos países europeus, o diferencial entre o bônus de um país para dez anos e o alemão do mesmo prazo, relaxava ao meio-dia nos casos da Espanha e da Itália, apesar dos da Grécia, Portugal e Irlanda terem atingido todo o dia no máximo.
Às 12h30 no horário local (7h30 de Brasília) o prêmio de risco da Espanha se acalmava com relação às primeiras horas da sessão e, após ter alcançado máximo do dia de 375 pontos básicos, se situava a essa hora em 345 - no mesmo nível da véspera - graças ao descenso na rentabilidade do bônus espanhol.
O da Itália descia a 312 pontos básicos, após chegar nesta terça a mais de 330 pontos básicos, e o de Portugal se reduzia mais moderadamente, para os 1.046 pontos básicos, enquanto os da Grécia e da Irlanda continuavam subindo e chegaram a 1.428 e 1.096 pontos básicos, respectivamente.
Com relação às bolsas europeias, Paris descia 2,36%; Frankfurt 1,98% e Londres 1,46%, por isso que continuavam com fortes cortes, enquanto a de Milão amortecia sua queda ao cair apenas 0,05%, o índice espanhol IBEX-35 retrocedia 1,23% e o mercado de renda variável português cedia 3%.
Grécia colocou nesta terça-feira 1,625 bilhão de euros em Letras do Tesouro para seis meses e a juro de 4,9%, praticamente o mesmo alcançado na última emissão de junho. EFE