Santiago do Chile, 10 dez (EFE).- As expectativas para a economia
da América Latina em 2010 são positivas, com o Brasil na liderança,
apesar de as previsões para a região em 2009 serem de uma contração
de 1,8%, encerrando um ciclo de seis anos de crescimento, informou a
Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
Segundo o relatório, o Brasil vai crescer 5,5% no ano que vem, a
maior taxa entre os países avaliados. Em seguida, virão Peru e
Uruguai, ambos com 5%, enquanto Bolívia, Chile e Panamá terão 4,5%;
Argentina e Suriname 4%; e México, Costa Rica e República Dominicana
3,5%.
A Cepal destaca que a recuperação em 2010 será mais rápida que o
previsto anteriormente (4,1%), mas adverte que persistem as dúvidas
sobre a sustentabilidade dessa subida com o passar do tempo.
Além disso, a entidade destacou que a reativação será mais
notória na América do Sul e na parte continental da América Central,
que alcançarão taxas de crescimento de 4,7 e 3%, respectivamente,
enquanto no Caribe a alta será menor, de 1,8%.
O relatório destaca que a região vai fechar 2009 com uma
contração de 1,8%, ou uma queda de 2,9% do PIB per capita. No
entanto, a Cepal destacou que a contração será menor que a prevista
em junho (1,9%). A maior queda da economia latino-americana em 2009
foi registrada no México (-6,7%).
A região, de acordo com o estudo, superou a crise rapidamente,
graças a um conjunto de políticas que permitiram enfrentar as
turbulências externas de forma eficaz.
Entre elas, a Cepal destaca a redução das taxas de juros, o
aumento na participação dos bancos estatais na política de crédito,
a expansão do gasto público e a aplicação de uma variada gama de
programas sociais, relacionados a subsídios ao consumo e apoio às
famílias pobres.
O desemprego na América Latina fechará 2009 com uma taxa média de
8,3%, menor que os 9% previstos no início de ano, mas com uma
deterioração na qualidade dos postos de trabalho em geral. EFE