Brasil deve liderar recuperação da economia na A.Latina em 2010

Publicado 10.12.2009, 14:28
Atualizado 10.12.2009, 14:42

Santiago do Chile, 10 dez (EFE).- As expectativas para a economia da América Latina em 2010 são positivas, com o Brasil na liderança, apesar de as previsões para a região em 2009 serem de uma contração de 1,8%, encerrando um ciclo de seis anos de crescimento, informou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

Segundo o relatório, o Brasil vai crescer 5,5% no ano que vem, a maior taxa entre os países avaliados. Em seguida, virão Peru e Uruguai, ambos com 5%, enquanto Bolívia, Chile e Panamá terão 4,5%; Argentina e Suriname 4%; e México, Costa Rica e República Dominicana 3,5%.

A Cepal destaca que a recuperação em 2010 será mais rápida que o previsto anteriormente (4,1%), mas adverte que persistem as dúvidas sobre a sustentabilidade dessa subida com o passar do tempo.

Além disso, a entidade destacou que a reativação será mais notória na América do Sul e na parte continental da América Central, que alcançarão taxas de crescimento de 4,7 e 3%, respectivamente, enquanto no Caribe a alta será menor, de 1,8%.

O relatório destaca que a região vai fechar 2009 com uma contração de 1,8%, ou uma queda de 2,9% do PIB per capita. No entanto, a Cepal destacou que a contração será menor que a prevista em junho (1,9%). A maior queda da economia latino-americana em 2009 foi registrada no México (-6,7%).

A região, de acordo com o estudo, superou a crise rapidamente, graças a um conjunto de políticas que permitiram enfrentar as turbulências externas de forma eficaz.

Entre elas, a Cepal destaca a redução das taxas de juros, o aumento na participação dos bancos estatais na política de crédito, a expansão do gasto público e a aplicação de uma variada gama de programas sociais, relacionados a subsídios ao consumo e apoio às famílias pobres.

O desemprego na América Latina fechará 2009 com uma taxa média de 8,3%, menor que os 9% previstos no início de ano, mas com uma deterioração na qualidade dos postos de trabalho em geral. EFE

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