Brasília, 25 abr (EFE).- O Brasil e os países da Comunidade do
Caribe (Caricom) realizarão amanhã em Brasília uma cúpula convocada
pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a intenção de ampliar
o comércio e coordenar a ajuda ao Haiti, após o terremoto que
atingiu o país em janeiro.
Além desses dois objetivos, o outro é estabelecer um mecanismo de
consulta política sobre diversos assuntos da agenda global.
Esse primeiro encontro reunirá os chefes de Estado do Brasil e
dos países do Caricom.
O presidente do Haiti, René Préval, confirmou sua participação,
assim como autoridades de Antígua, Bahamas, Barbados, Belize,
Dominica, Granada, Guiana, Jamaica, Montserrat, São Cristóvão e
Nevis, São Vicente e Granadinas, Santa Lúcia, Suriname e Trinidad e
Tobago, países que formam a Comunidade do Caribe.
Fontes oficiais do Brasil informaram que, antes da abertura do
encontro, Lula terá reuniões com os primeiros-ministros da Jamaica,
Bruce Golding, e de Antígua, Winston Baldwin Spencer.
Lula deve ter também uma conversa reservada com o governante
haitiano. Esta reunião será realizada no Palácio de Itamaraty, sede
do Ministério das Relações Exteriores, e terá como foco a busca de
ferramentas para reforçar a cooperação nas áreas de saúde,
agricultura, educação, formação profissional, turismo e meio
ambiente.
Além de representantes dos Governos caribenhos, está confirmada a
presença do secretário-geral da Caricom, Edwin Carrington, assim
como de representantes da Organização de Estados do Caribe Ocidental
(OECO) e de outras organizações multilaterais dessa região.
Durante a reunião em Brasília também serão analisadas fórmulas
para fortalecer o comércio entre Brasil e os países da Caricom, que
cresceu muito desde 2003, quando as trocas movimentavam US$ 657
milhões.
Pelos dados do Governo brasileiro, desde então os negócios se
multiplicaram e no ano passado fecharam com um recorde de US$ 5,2
bilhões.
Um dos problemas é que, desse total, US$ 4,4 bilhões
corresponderam as exportações brasileiras, por isso que um dos
objetivos da cúpula será identificar fórmulas que permitam começar a
equilibrar essa balança comercial. EFE