Toronto (Canadá), 26 jun (EFE).- O ministro da Fazenda, Guido
Mantega, disse hoje que se opõe a imposição de um tributo global
para os bancos como propõem a Grã-Bretanha e a França, e que defende
que essa seja uma medida aplicada em nível individual pelos países.
Mantega representa o Brasil na reunião do G20, que começou hoje
em Toronto, depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
cancelou sua participação devido às inundações no nordeste.
"Nós não estamos de acordo com isso", afirmou o ministro, em
referência à proposta de aplicar um imposto global aos bancos e às
transações financeiras para cobrir o custo do recente resgate e
possíveis ajudas futuras do setor.
Ele lembrou que países como Grã- Bretanha e Estados Unidos já
começaram a atuar nessa direção, mas precisou que "isso não quer
dizer que todos os países tenham que fazer o mesmo".
O ministro explicou, nesse sentido, que a carga imposta aos
bancos já é mais alta no Brasil que em outros países.
Apesar das diferenças existentes nessa frente entre os
integrantes do G20, Mantega insistiu na necessidade de completar a
reforma do sistema financeiro global ao impulsionar uma maior
transparência e exigir maiores níveis de capital aos bancos.
Ele espera avanços amanhã na proposta de reforma que deve de ser
aprovada na próxima reunião de chefes de Estado de novembro em Seul
para que as medidas sejam implementadas de forma gradual até o ano
de 2012. EFE