Por Lesley Wroughton
WASHINGTON (Reuters) - Líderes de sindicatos norte-americanos e congressistas democratas lembraram o presidente Donald Trump nesta segunda-feira que esperam que ele mantenha a promessa de campanha de proteger trabalhadores norte-americanos nas negociações do Nafta, mas pararam de demandar a rescisão do pacto comercial de 1994 com Canadá e México.
A declarações foram feitas horas antes de o representante comercial dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, traçar as prioridades da administração para as negociações. Sob as regras "aceleradas" dos EUA, a administração deve liberar suas prioridades 30 dias antes do início de negociações.
O presidente da AFL-CIO, central sindical representando 12,5 milhões de trabalhadores, Richard Trumka, disse que o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) tinha sido um "fracasso inequívoco" e deveria ser completamente renegociado.
"Faremos tudo o que pudermos para manter esse bom arranjo e segurar o presidente em sua palavra e garantir que teremos uma renegociação", disse ele em coletiva de imprensa a jornalistas.
"Se se mostrar que não é um bom acordo, não ter acordo é melhor que um acordo ruim", disse Trumka.
O documento delineando as prioridades da Casa Branca era esperado na tarde de segunda-feira, disse Rosa DeLauro, representante democrata de Connecticut, voz líder contra a legislação comercial em Capitol Hill.
A administração Trump ofereceu até agora poucos detalhes, além de expressar seu desejo de modernizar o pacto para aumentar os empregos industriais dos EUA e reduzir o déficit comercial.
Algumas disposições da Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), que Trump abandonou, devem servir como modelo para as revisões do Nafta, especialmente em questões como trabalho, meio ambiente, direitos de propriedade intelectual e de empresas estatais.