Roberto Morales.
Rustenburg (África do Sul), 13 jun (EFE).- A Espanha, campeã da
última Eurocopa, vai estrear no domingo na Copa das Confederações,
com status de favorita e na busca por manter o bom futebol que vem
mostrando, contra a Nova Zelândia, a seleção mais alta do torneio.
A Copa das Confederações reúne as melhores seleções de cada parte
do mundo e apresenta estilos de jogo bem diferentes. A rodada de
abertura será uma mostra disso, com o futebol leve e de toque de
bola da Espanha, campeã da Europa, contra a força e o jogo aéreo da
Nova Zelândia, melhor da Oceania.
A partida será a segunda desta edição da Copa das Confederações.
Antes de Espanha e Nova Zelândia, que jogam às 15h30 (Brasília) no
Royal Bayofeng (Rustenburg), abrem a competição África do Sul e
Iraque às 11h no Ellis Park (Johanesburgo).
A Espanha chega à Copa das Confederações no melhor momento de sua
história. Sem saber o que é derrota desde 15 de novembro de 2006,
está há 32 partidas invicta e a três do recorde mundial, pertencente
ao Brasil.
O salto de qualidade foi dado na Eurocopa e hoje a Espanha é
apontada como favorita até pelas seleções mais tradicionais que
estão na África do Sul, como Brasil e Itália.
E os 23 escolhidos pelo Vicente Del Bosque para formar o elenco
não parecem se intimidar com o novo papel.
Com uma equipe que exibiu excelente futebol na Eurocopa, retocada
agora com seis jovens jogadores, a Espanha buscará sua primeira Copa
das Confederações e em sua estreia, na teoria, não deve ter muito
trabalho.
As ausências na competição do brasileiro naturalizado espanhol
Marcos Senna e de Andrés Iniesta abrem um leque de possibilidades ao
técnico. Xabi Alonso deve ser o homem de marcação e Xavi Hernández,
o de criação. Cesc Fábregas e Albert Riera fecham o meio-campo.
O goleiro Iker Casillas, junto a Sergio Ramos, Puyol, Albiol e
Capdevila na defesa, mais a dupla de ataque, Fernando Torres e David
Villa, formam o que deve ser o time da estreia.
A Nova Zelândia chega para a estreia após uma das melhores
partidas de sua história. Perante a poderosa Itália, no amistoso
disputado a quatro dias do torneio, conseguiu ficar na frente no
placar três vezes, mas acabou perdendo por 4 a 3.
Perante a ausência de seu capitão por lesão, o zagueiro Ryan
Nielsen (Blackburn Rovers), o goleador Shane Smeltz parece ter
assumido a liderança da equipe.
Se David Villa chega à Copa das Confederações com uma grande
sequência de gols, após virar o terceiro maior goleador da história
da Espanha, Smeltz marcou 12 vezes em dez partidas com a seleção
neozelandesa. Junto a Chris Killen, ex-jogador do Celtic e do
Manchester City, forma a maior arma da Nova Zelândia.
Dirigida por Ricki Herbert, parte de uma seleção que abriu novos
tempos com sua participação na Copa da Espanha, em 1982, a Nova
Zelândia tem no jogo aéreo sua principal força.
Com 1,85 metro de média, a seleção neozelandesa é a mais alta do
torneio. Possui, além disso, o jogador mais jovem do campeonato, o
atacante de 17 anos Chris Wood, do West Bromwich da Inglaterra.
O único confronto entre Espanha e Nova Zelândia não envolveu as
seleções principais. Pelo Mundial Sub-17, em 11 de setembro de 1997,
a seleção espanhola venceu por 13 a 0 e, na ocasião, estavam em
campo Iker Casillas e Ben Sigmund.
Prováveis escalações:.
Nova Zelândia: Moss; Mulligan, Vicelich, Boyens, Lochead; Bertos,
Brown, Barron, Elliot; Smeltz e Killen.
Espanha: Iker Casillas; Sergio Ramos, Puyol, Albiol, Capdevila;
Xabi Alonso, Xavi, Fábregas, Riera; Fernando Torres e David Villa.
Árbitro: Coffi Codjia (Benin), auxiliado pelo compatriota Alexis
Fassinou e por Komi Konyoh (TOG). EFE