Por Peter Hobson e Yawen Chen
LONDRES/PEQUIM (Reuters) - A China levantou parcialmente restrições impostas às importações de ouro, segundo fontes do setor, afrouxando as medidas que impediram desde maio a entrada de um número estimado entre 300 toneladas e 500 toneladas do metal no país, com um valor de 15 bilhões a 25 bilhões de dólares.
Por vários meses, o banco central chinês reduziu ou não concedeu cotas de importação aos bancos comerciais responsáveis pela maior parte do ouro que chega ao país, conforme noticiado pela Reuters na semana passada.
Fontes disseram que as medidas possivelmente foram projetadas para reduzir as saídas de capital e fortalecer o iuan, que recuou para uma mínima de 11 anos ante o dólar, à medida que a disputa comercial com os Estados Unidos prejudica a economia chinesa.
O banco central voltou a emitir cotas na semana passada, mas para quantidades de ouro consideradas menores que o normal, disseram três pessoas com conhecimento direto do assunto em Londres e na Ásia --sem que especificassem as quantias exatas.
"Algumas (cotas) foram concedidas", disse uma das fontes, acrescentando que elas vieram "abaixo do normal".
É um "levantamento parcial" das restrições, afirmou outra fonte.
O banco central chinês não respondeu a um pedido por comentários.
(Reportagem de Peter Hobson em Londres)