Bruxelas, 26 set (EFE).- Com a situação da Grécia por um fio, a União Europeia (UE) enfrenta uma semana crucial para seu destino, com votações importantes sobre o fundo de resgate europeu nos parlamentos de Alemanha, Finlândia e Eslovênia.
O porta-voz para Assuntos Econômicos e Monetários da UE, Amadeu Altajaf, resumiu a gravidade da situação: "a Grécia realmente está diante do momento da verdade, e temos a última oportunidade para evitar o colapso de sua economia".
A União Europeia vem tentando por todos os meios impedir o pior cenário possível - uma moratória da Grécia, o que causaria um efeito dominó em todo o continente. Apesar disso, a semana começou mal, pois inspetores do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia, que pretendiam ir nesta segunda-feira a Atenas para retomar a quinta revisão do programa de ajuda à Grécia, atrasaram a visita.
Além disso, a Comissão Europeia descarta a possibilidade de a UE decidir no próximo encontro do grupo, no dia 3 de outubro, em Luxemburgo, sobre o pagamento do sexto pacote de ajuda ao país, no valor de 8 bilhões de euros. A entrega desta quantia estava prevista para setembro, mas diferentes obstáculos na Europa e a situação da Grécia, que não avançou o suficiente em suas reformas, provocaram o atraso. Por isso, o país só tem verba para realizar o pagamento dos funcionários públicos e aposentados até o mês que vem.
Esse não é o único entrave. Os 17 governos da UE concordaram em utilizar o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) para o desembolso da ajuda. No entanto, sua reforma ainda não foi ratificada por todos os Parlamentos. Nesta semana, o Bundestag (câmra baixa alemã) votará sobre a questão, assim como os parlamentos da Eslovênia, nesta terça-feira, e da Finlândia, na quarta-feira.
"Esperamos que o resultado seja positivo. A estabilidade financeira da Europa está em jogo", disse Altafaj. EFE