Washington, 13 mai (EFE).- O aumento dos preços da gasolina e dos alimentos encareceu o custo de vida nos Estados Unidos em abril, mas a taxa de inflação se manteve moderada, segundo informou nesta sexta-feira o Departamento de Trabalho americano.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,4% no mês passado, após ter sido elevado em 0,5% em fevereiro e março, impulsionado também pelas altas da energia e dos alimentos.
O fator mais determinante do aumento do IPC em abril foi o aumento dos preços dos combustíveis: o preço médio da gasolina subiu de US$ 3,54 por galão (US$ 94 centavos por litro) em março para US$ 3,81 por galão (US$ 1 por litro) em abril.
Caso sejam excluídos alimentos e energia, a taxa de inflação em abril foi de 0,2%, contra 0,1% de março. A maior pressão veio dos preços dos automóveis novos e usados, gastos com saúde e habitação.
O dado mostra que em um ano, desde abril de 2010, o IPC subiu 3,2% - o maior aumento anualizado desde outubro de 2008 - e a taxa de inflação foi de 1,3%, a maior desde abril do ano passado.
O Fed (Federal Reserve, banco central americano) considera aceitável uma taxa de inflação que esteja entre 1% e 2%, e o dado de abril confirma que o banco tem margem para continuar com sua política monetária de baixas taxas de juros.
Um indício potencialmente positivo para os consumidores é a queda recente dos preços do petróleo e outras matérias-primas, dos metais aos cereais. Nas últimas semanas o preço do petróleo leve ficou abaixo dos US$ 100 por barril, depois de ter alcançado uma cotação de quase US$ 115 por barril.
Por outro lado, em abril também houve uma notícia não muito boa para os trabalhadores: as remunerações médias por hora, ajustadas conforme a inflação, caíram 0,3% e diminuíram 1,2% nos últimos 12 meses, segundo o relatório do governo.
Mais de um ano e meio depois de fim da recessão mais profunda e prolongada registrada nos Estados Unidos em quase oito décadas, a taxa de desemprego está em 9%, e o mercado imobiliário, que causou a crise, continua em processo de recuperação. EFE