San Juan (Argentina), 2 ago (EFE).- O Conselho do Mercado Comum
(CMC) do Mercosul, órgão de decisão política do bloco, iniciou hoje
suas deliberações na cidade argentina de San Juan.
Participam do encontro os chanceleres, ministros de Economia e
Indústria e presidentes dos Bancos Centrais dos países-membros do
bloco, além de representantes da Venezuela, país em processo de
adesão ao Mercosul, e das nações associadas do organismo (Chile,
Bolívia, Equador, Peru e Colômbia).
Também participam membros do Parlamento do Mercosul (Parlasur) e
representantes da sociedade civil.
A reunião acontece em San Juan (1,1 mil quilômetros ao noroeste
de Buenos Aires), no chamado Centro Cívico, sede administrativa do
Governo provincial.
O plenário da 39ª reunião do CMC é presidido pelo chanceler
argentino, Héctor Timerman, quem apresentará um relatório da
Presidência semestral de seu país no bloco e falará sobre o estado
do processo de integração regional, anteciparam fontes oficiais.
Entre outros temas, está previsto que o CMC aborde a reaberta
negociação de um tratado de associação política e comercial com a
União Europeia (UE), a possível assinatura de um tratado de
livre-comércio com o Egito e a outorga de financiamento regional a
vários projetos de infraestrutura.
Um dos assuntos centrais ainda pendente de acordo é a redação do
código alfandegário do bloco, a eliminação da dupla cobrança da
Tarifa Externa Comum (TEC) e a fórmula de redistribuição da renda
aduaneira, objetivos dos membros e que, segundo fontes diplomáticas
argentinas, poderiam ser atingidos ainda nesta cúpula.
Já os presidentes dos países-membros começarão a chegar na tarde
de hoje ao aeroporto local. Está previsto que nesta noite, a chefe
de Estado anfitriã, a argentina Cristina Kirchner, ofereça um jantar
em homenagem aos demais governantes sul-americanos.
Fontes oficiais confirmaram que chegarão a San Juan os
presidentes Luiz Inácio Lula da Silva; José Mujica, do Uruguai;
Fernando Lugo, do Paraguai; Evo Morales da Bolívia; Sebastián
Piñera, do Chile; e Hugo Chávez, da Venezuela. EFE