Washington, 10 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recebeu neste domingo na Casa Branca os líderes republicanos e democratas do Congresso para tentar aproximar suas rígidas visões em relação a como desbloquear a crise de dívida que o país registra.
O encontro teve início às 18h15 do horário local (19h15 de Brasília) e reuniu, entre outros, os líderes dos democratas no Senado, Harry Reid, e na Câmara baixa, Nancy Pelosi, além dos líderes republicanos no Senado Dick Durbin e Jon Kyl.
Segundo antecipou neste domingo o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, Obama insistirá na reunião em sua proposta para conseguir um "plano mais amplo possível" a fim de aumentar o teto da dívida além da data limite de 2 de agosto, e evitar assim que o país entre em moratória pela primeira vez em sua história.
Sem gravata e acompanhado por Reid e o líder da maioria republicana na Câmara de Representantes, John Boehner, o presidente foi taxativo quando um jornalista questionou se os políticos serão capazes de alcançar um acordo nos próximos dez dias.
"Precisamos fazê-lo", respondeu Obama.
O presidente planeja manter-se firme em seu plano, que prevê reduzir o déficit em cerca de US$ 4 trilhões nos próximos dez anos à custa de cortes na Previdência Social e seguros médicos, o que é visto com maus olhos por seu próprio partido.
Essa última medida fez com que o republicano Boehner anunciasse neste sábado à noite que não aceitará esse plano, e defendeu uma "medida mais modesta", que situaria o corte em torno dos US$ 2,4 trilhões.
Geithner afirmou neste domingo acreditar que os partidos conseguirão chegar a "um acordo nas linhas principais de um pacote nesta semana, ou antes do final da seguinte ".
No caso de não haver consenso antes de 2 de agosto, os EUA seriam incapazes de conseguir mais recursos emprestados e, portanto, de cumprir suas obrigações fiscais, com um déficit federal que alcançará neste ano US$ 1,2 trilhão.
A data limite está relacionada ao vencimento dos US$ 14,3 trilhões autorizados pelo Congresso até maio, data prorrogada desde então através de medidas especiais. EFE