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Comissão Europeia aprova fusão da Iberia com British Airways

Publicado 14.07.2010, 08:33

Bruxelas, 14 jul (EFE).- A Comissão Europeia (CE) aprovou hoje a fusão entre as companhias aéreas Iberia e British Airways (BA) ao considerar que a operação, que formará a terceira companhia da Europa, atrás da Lufthansa e da Air France-KLM, e a uma das cinco mais importantes do mundo, não abala a concorrência.

Embora as atividades das companhias aéreas, membros da aliança Oneworld, serão afetadas nos âmbitos de transporte de passageiros e mercadorias, assistência em terra, manutenção, reparação e revisão, a CE entende que seguirão enfrentando concorrência forte no setor.

A CE examinou o impacto que a operação representaria para o transporte de passageiros nas rotas curtas Londres-Madri e Londres-Barcelona e concluiu que os passageiros seguirão tendo alternativas adequadas para voar nestas rotas.

Bruxelas estudou os efeitos da fusão em uma série de rotas longas e curtas. Outro estudo identificou que a concorrência não será atingida.

Com relação ao transporte de mercadorias e os serviços de assistência em terra, a comissão chegou à mesma conclusão e também comprovou que a fusão não terá uma repercussão significativa no mercado de serviços de manutenção, reparação e revisão.

As duas companhias manterão sua marca e respeitarão as operações de dimensão nacional, mas juntas terão uma frota superior a 420 aviões e abrangerão mais de cem países.

Iberia e BA esperam economizar ao redor de 400 milhões de euros anuais a partir do quinto ano de funcionamento da nova companhia aérea.

A fusão foi selada em abril, quase dois anos depois das companhias revelarem pela primeira vez suas intenções de união, tudo isso em um contexto de crise no setor aéreo, que acabou favorecendo este tipo de operações nas últimas décadas.

A CE recebeu a notificação oficial da operação em 10 de junho. A Comissão Europeia autorizou ainda hoje a aliança entre Iberia, British Airways (BA) e American Airlines (AA) para a exploração conjunta das rotas do Atlântico Norte, ao considerar que são adequadas as sugestões propostas pelas companhias para solucionar os problemas de concorrência detectados por Bruxelas.

Esta decisão transforma em juridicamente vinculativo por dez anos o compromisso das companhias aéreas de ceder horárias de aterrissagem e decolagem no aeroporto de Heathrow (Londres) para facilitar a entrada ou expansão de concorrentes nas rotas entre Londres e Nova York, Boston, Dallas e Miami e conclui a investigação da CE.

A operação já recebeu o sinal verde das autoridades de concorrência americana.

O Executivo comunitário manifestou em setembro sua preocupação sobre certos aspectos da operação que poderiam violar as normas antimonopólio da UE e prejudicar aos consumidores nas rotas transatlânticas, lembra um comunicado.

Em consequência, as companhias aéreas se comprometeram a ceder horários de aterrissagem e decolagem, uma medida que a CE considerou adequada após realizar análise de mercado.

"A decisão adotada hoje permitirá as companhias aéreas iniciar a aliança transatlântica que há tanto tempo desejavam", confirmou o vice-presidente da CE e responsável pelo setor de concorrência, Joaquín Almunia.

A operação ocorre sem prejudicar aos 2,5 milhões de passageiros que anualmente utilizam a rota Londres-Nova York e outras, que poderão seguir beneficiando-se de um leque de freqüências e preços competitivos.

As companhias se propuseram facilitar à concorrência de horários no aeroporto nova-iorquino John F. Kennedy e dar acesso aos seus programas de fidelização em certas rotas, o que permitirá aos passageiros dos novos operadores autorizados pela CE acumular e trocar pontos.

Para conseguir o sinal verde comunitário, Iberia, BA e AA tiveram que permitir a combinação de tarifas e oferecer acordos especiais para as rotas afetadas a fim de que seus concorrentes possam vender bilhetes para voos das partes e facilitar o acesso ao tráfego de conexão.

Além disso, se comprometem a apresentar regularmente à comissão dados relativos a cooperação, o que facilitará a avaliação do impacto da aliança nos mercados. EFE

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