Comissão Europeia lamenta decisão da Moody's de rebaixar dívida portuguesa

Publicado 06.07.2011, 08:51
Atualizado 06.07.2011, 09:22

Bruxelas/Estrasburgo (França), 6 jul (EFE).- A Comissão Europeia lamentou nesta quarta-feira a decisão da agência de classificação Moody's de rebaixar em quatro graus a nota de Portugal, uma medida que considerou "infeliz".

O momento da decisão "não é somente questionável, mas baseia-se em cenários hipotéticos", afirmou nesta quarta o porta-voz econômico da Comissão Europeia, Amadeu Altafaj, em entrevista coletiva.

Para a Comissão, o rebaixamento de Moody's é "particularmente flagrante" neste caso, pois Portugal acaba de começar a aplicar o programa de ajustes pactuado com seus parceiros internacionais e o Governo anunciou novos esforços complementares.

A decisão, acrescentou, é "um infeliz episódio que volta a pôr em questão o comportamento das agências de classificação e sua clarividência".

Outro porta-voz comunitário, Olivier Bailly, lembrou que as agências fracassaram, por exemplo, na hora de advertir sobre a situação do Lehman Brothers em 2008, episódio que originou a crise financeira mundial.

Altafaj ressaltou que o Banco Central Europeu, o Fundo Monetário Internacional e a própria Comissão Europeia "trabalham em benefício do interesse público" e efetuam as análises "mais exaustivas e independentes".

A primeira avaliação destas três instituições sobre a aplicação das medidas de ajuste em Portugal será realizada em agosto.

Na mesma linha, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, falou em entrevista coletiva em Estrasburgo (França) que "as agências de classificação não são mais do que atores do próprio mercado e por isso não são imunes a erros e exageros".

Barroso lembrou os planos da Comissão Europeia de apresentar antes do fim do ano uma proposta de regulação das agências de classificação e não está descartada a ideia de criar uma agência de avaliação europeia.

"O fato de as três maiores agências de classificação serem de fora da UE significa que tenham menor conhecimento da realidade europeia", justificou Barroso, em referência a Moody's, Standard & Poor's e Fitch. EFE

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