Conselho do Casino é contra fusão da CDB com Carrefour-Brasil

Publicado 12.07.2011, 12:21
Atualizado 12.07.2011, 12:50

Paris, 12 jul (EFE).- Todos os administradores do grupo francês Casino, com exceção do brasileiro Abilio Diniz, se pronunciaram nesta terça-feira contra o projeto promovido por este para fundir a Companhia Brasileira de Distribuição (CDB) - que controla o Grupo Pão de Açúcar (GPA) - com a filial brasileira do gigante francês de distribuição Carrefour.

Casino, acionista de 43% do GPA, explicou em comunicado que os membros de seu conselho, menos Diniz, consideram essa fusão "contrária" a seus interesses e aos de sua filial brasileira, a qualificaram de "hostil e ilegal" e encarregaram seu presidente, Jean-Charles Naouri, para firmar essa posição também no conselho de administração de Wilkes, o consórcio de controle do GPA no qual está junto a CBD, presidido por Diniz.

As razões para essa rejeição "se baseia em uma visão estratégica errônea" para o Pão de Açúcar porque dobraria seu faturamento no segmento dos hipermercados que em outras regiões geográficas está perdendo terreno, porque entrar no capital do Carrefour é um investimento "arriscado" e porque ao ser uma participação minoritária não lhe permitiria controlar seu desenvolvimento internacional.

Na mesma linha, os riscos são "elevados" porque daria lugar a uma "concentração excessiva" em São Paulo e Rio de Janeiro, porque as duas redes que se pretendem unir "estão em concorrência frontal e portanto são pouco complementares", mas também porque seria preciso fazer "cessões de ativos significativos inevitáveis".

A maioria do conselho de Casino considera que as condições financeiras da operação conduziriam a "uma dissolução em massa e injustificável" dos atuais acionistas do GPA a um preço inferior ao do mercado e ao valor que lhe dão os analistas.

GPA passaria a ser uma empresa operacional a "um consórcio de participações não controladas que sofreria uma forte depreciação".

O plano de fusão, anunciado no dia 28 de junho, coloca a união dos dois maiores grupos de distribuição brasileiros, GPA e Carrefour Brasil respectivamente, para criar um gigante avaliado em 30 bilhões de euros.

Para Casino, essa operação o transformaria na prática em acionista minoritário de seu principal rival, Carrefour, e o faria perder o controle a médio prazo do GPA, o que representa uma violação dos acordos que tinha estabelecido com a família Diniz. EFE

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