Seul, 8 fev (EFE).- A Coreia do Norte castigou severamente os soldados de uma mina de urânio por terem protagonizado um protesto em janeiro para denunciar a escassez de alimentos, informou um grupo de refugiados norte-coreanos nesta terça-feira na Coreia do Sul.
A organização Solidariedade de Intelectuais Norte-Coreanos (NKIS) indicou em seu site que uma brigada encarregada especialmente de extrair urânio se negou a operar em meados de janeiro após três dias sem mantimentos.
O presidente da NKIS, Kim Seung-kwang, consultado pela agência "Yonhap", disse que um oficial norte-coreano revelou à organização que os serviços de segurança foram imediatamente destacados para o local para "tomar medidas drásticas" contra os soldados que tinham se negado a trabalhar, sem dar mais detalhes.
O Ministério da Unificação sul-coreano assinalou que está investigando a informação da NKIS, mas que ainda não pôde confirmá-la.
Vários refugiados norte-coreanos que recentemente desertaram para a Coreia do Sul asseguraram que em seu país existem problemas de alimentos que afetam o Exército.
A NKIS indicou, neste sentido, que sete soldados teriam morrido de fome nos últimos meses na Coreia do Norte em uma unidade destacada no sudeste do país.
A Coreia do Norte, um dos países mais pobres da Ásia, sofre uma grande escassez devido às sanções internacionais contra seu programa nuclear. EFE