Madri, 31 jan (EFE).- A crise econômica atrapalhou o mercado de transferências durante a janela de janeiro na Europa, onde as negociações não envolveram grandes valores e os destaques foram o brasileiro naturalizado italiano Thiago Motta e o chileno Eduardo Vargas.
Na Espanha, os grandes não gastaram, o que é mais um sintoma da crise europeia. O Sevilla é o clube que mais investiu, contratando o espanhol José Antonio Reyes (ex-Atlético de Madri) e o senegalês Baba Diawara (ex-Marítimo), além de trazer de volta o lateral Juan Torres, formado nas categorias de base da equipe e que estava emprestado ao AEK Atenas. No total, gastou pouco mais de 7 milhões de euros.
O Espanyol se reforçou com a chegada por empréstimo do ex-vascaíno Philippe Coutinho, emprestado pela pela Inter de Milão, do atacante Kalu Uche e do meia espanhol Víctor Sánchez, ambos do Neuchatel Xamax, da Suíça.
Já o Villarreal, que depois de vários anos brigando na parte de cima da tabela vem lutando contra o rebaixamento, manteve, pelo menos por enquanto, o atacante Nilmar e ainda fechou por empréstimo com o argentino Martinuccio, que estava no Fluminense.
O Granada adquiriu quatro jogadores, entre eles o lateral Gabriel Silva, ex-Palmeiras, e o chileno Matías Campos, mas ambos foram emprestados.
Na Itália, os jogadores sul-americanos foram destaques, principalmente Thiago Motta, que se transferiu da Inter de Milão para o Paris Saint-Germain por 10 milhões de euros.
No entanto, o time 'nerazzurro' contratou o colombiano Fredy Guarín, do Porto, e o zagueiro Juan, de 20 anos, ex-Internacional de Porto Alegre.
O uruguaio Martín Cáceres e o italiano Simone Padoín reforçarão a Juventus, enquanto o atacante chileno Eduardo Vargas deixou o Universidad do Chile para fazer parte do elenco do Napoli.
O Milan contratou o argentino Maxi López, que atuava no Catania, e a Roma contratou o meia Marquinho, que foi destaque do Fluminense nos últimos anos, inclusive fazendo o gol que livrou o time do rebaixamento em 2009. Contudo, o chileno David Pizarro deixou a equipe da capital italiana para defender o Manchester City.
Na Alemanha, a contratação do senegalês Mame Biram Diouf, que chega do Manchester United e vai para Hannover 96, foi o maior destaque. Por sua vez, o Borussia Mönchengladbach emprestou o atacante argentino Raúl Bobadilla ao Young Boys, da Suíça, enquanto o zagueiro brasileiro Felipe, ex-atleta do Guarani e que estava no Nacional da Ilha da Madeira, atuará pelo Wolfsburg.
Na França, o PSG fez a operação mais cara ao pagar 10 milhões de euros a Inter de Milão por Thiago Motta, após ter tentado contratar Carlos Tévez (Manchester City) e Kaká (Real Madrid), sem sucesso em ambos os casos.
O clube também contratou outros dois brasileiros: o lateral Maxwell, que chega do Barcelona, e o zagueiro Alex, que defendia o Chelsea.
O Olympique de Marselha se desfez do jogador de mais alto salário do seu elenco, o argentino Lucho González, que voltou ao Porto, clube que havia deixado há duas temporadas.
No futebol inglês, a grande notícia não foi uma transferência fechada, mas sim uma que não deu certo. Depois de negociar com Milan, Inter de Milão e PSG, Tévez acabou ficando no Manchester City, onde não deverá ter chances com o técnico Roberto Mancini.
Em Old Trafford, o Manchester United se reforçou apenas com o defensor suíço Frederic Veseli, de 19 anos, vindo justamente dos 'Citizens'.
Os 'Diabos Vermelhos' atravessam um momento de dúvidas, mas os donos do clube, a família Glazer, não parece disposta a desembolsar muito dinheiro e confia em Wayne Rooney e companhia para sair da crise.
Já o Chelsea chegou a um acordo com o Genk para contratar o atacante Kevin de Bruyne por 7,9 milhões de euros, além do atacante austríaco Philipp Prosenik, que deixa o Milan por um valor não revelado. EFE