Bruxelas, 31 jan (EFE).- O índice de desemprego se manteve em dezembro em níveis recordes na zona do euro e no conjunto da União Europeia (UE), alcançando respectivamente 10,4% e 9,9%, informou a agência europeia de estatísticas Eurostat nesta terça-feira.
Os números são os mesmos registrados em novembro, segundo a última revisão efetuada pela agência, embora os primeiros dados falassem de 10,3% e 9,8%, respectivamente.
A Espanha, com uma taxa de 22,9%, voltou a ser por mais um mês o Estado-membro com uma maior taxa de desemprego. Em seguida veio a Grécia (19,2%, segundo dados de outubro), Lituânia (15,3% no terceiro trimestre) e Portugal (13,6%), enquanto no outro extremo estão Áustria (4,1%), Holanda (4,9%) e Luxemburgo (5,2%).
No total, a Eurostat estima que haja aproximadamente 23,8 milhões de desempregados na UE, dos quais 16,5 milhões vivem na zona do euro.
Com relação ao mesmo mês do ano precedente, o desemprego afeta na UE quase um milhão de pessoas a mais (923 mil), com a grande maioria delas vivendo na zona do euro (751 mil).
Um ano antes, em dezembro de 2010, a taxa de desemprego na eurozona era de 10% e na UE, de 9,5%.
Nesses 12 meses, o desemprego aumentou em 12 Estados-membros, foi reduzido em 14 e se manteve estável no caso da Irlanda.
As maiores altas foram registradas na Grécia (de 13,9% para 19,2%), Chipre (de 6,1% para 9,3%) e na Espanha (de 20,4% para 22,9%).
Enquanto isso, as maiores quedas ocorreram nos países do Báltico: Estônia (de 16,1% para 11,3%), Letônia (de 18,2% para 14,8%) e Lituânia (de 18,3% para 15,3%).
Ao longo de 2011, o desemprego aumentou tanto para os homens (de 9,5% para 9,8% na UE e de 9,7% para 10,2% na zona do euro) como para as mulheres (de 9,6% para 9,9% e de 10,3% para 10,6%, respectivamente).
Mas o problema do desemprego afeta especialmente os jovens. Em dezembro, a taxa de desocupação entre as pessoas abaixo de 25 anos ficou em 22,1% na UE e em 21,3% na zona do euro.
A Espanha, novamente, liderou a estatística, com quase a metade dos jovens (48,7%) sem acesso a trabalho. Já as taxas mais baixas de desemprego juvenil foram registradas na Alemanha (7,8%), Áustria (8,2%) e Holanda (8,6%).
A questão do desemprego foi uma das que centraram as discussões dos chefes de Estado e de governo da UE na segunda-feira, quando acertaram elaborar planos nacionais de criação de emprego, com especial ênfase nos jovens. EFE