Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - Os gastos dos consumidores norte-americanos cresceram mais que o esperado em abril, em mais um sinal de que o crescimento econômico está recuperando o ímpeto no início do segundo trimestre, enquanto a inflação continua aumentando continuamente.
Outros dados desta quinta-feira mostraram um recuo maior do que o esperado nos pedidos de seguro-desemprego na semana passada. O aumento moderado da inflação e um mercado de trabalho mais restrito aumentam as expectativas de que o Federal Reserve, o banco central norte-americano, elevará as taxas de juros no mês que vem.
Os gastos dos consumidores, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos, cresceram 0,6 por cento no mês passado, a maior elevação em cinco meses, disse o Departamento de Comércio, na esteira de um crescimento de 0,5 por cento em março.
Economistas consultados pela Reuters haviam previsto uma elevação de 0,4 por cento dessa cifra.
Um dos impulsionadores dos gastos foi a aquisição de gasolina e outros produtos de energia. A compra de bens de consumo não-duráveis subiu 0,9 por cento. Também houve aumento nas compras de bens duráveis. As despesas com serviços cresceram 0,5 por cento graças à demanda por utensílios domésticos.
Os preços continuaram a subir gradualmente no mês passado. O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), que exclui os componentes de energia e alimentos voláteis, subiu 0,2 por cento pelo terceiro mês seguido.
Com isso, o aumento ano a ano do índice central PCE ficou em 1,8 por cento. O índice central PCE é o medida de inflação preferida pelo BC dos EUA, cuja meta inflacionária é de 2 por cento.