O Índice Big Mac, divulgado pela revista britânica The Economist, indica que o dólar no Brasil deveria custar R$ 4,20. A publicação compara os preços do famoso sanduíche do McDonald’s em diferentes países ao redor do mundo.
Segundo o cálculo, o real está 25,7% subvalorizado em relação à moeda norte-americana. Um Bic Mac custa, em média, US$ 4,23 (R$ 23,90) no Brasil.
A revista levou em conta o preço do sanduíche nos Estados Unidos (US$ 5,69) e a cotação do dólar no Brasil para chegar ao percentual. A taxa de câmbio considerada no cálculo foi de R$ 5,65.
O QUE É O ÍNDICE
A medida foi criada pela publicação em 1986 como método de avaliação da estabilidade de moedas pelo mundo –baseado na teoria da paridade do poder de compra. O dólar americano serve como “âncora” para a medição.
À época, o sanduíche foi escolhido pela ampla disseminação do restaurante ao redor do mundo. Logo, o índice –que, na prática, não é 1 indicador preciso– busca identificar uma relação entre as taxas de câmbio e o valor de mercadorias que as moedas podem comprar.
Por exemplo: se 1 Big Mac custa US$ 5 nos EUA e R$ 20 no Brasil, significaria dizer que a paridade entre as moedas é de 1:4, caso o câmbio e os valores dos hambúrgueres tenham uma relação perfeita e sem desvalorizações.
A partir do preço em que o Big Mac é vendido nas lojas de determinado país, é possível comparar com o preço que ele deveria custar segundo o índice. Se o sanduíche custar mais caro do que deveria, a moeda está subvalorizada em relação ao dólar. Se for mais barato, a moeda está sobrevalorizada.