Investing.com – O dólar norte-americano ficou estável em relação às principais moedas mundiais hoje, mas permaneceu amplamente apoiado, uma vez que as preocupações com as perspectivas para o crescimento mundial pesaram sobre o sentimento antes da divulgação da ata da reunião do Banco Central dos EUA (Fed), no final do dia.
O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas mundiais, ficou em 85,83, não muito longe de uma alta de quatro anos de 86,87 atingida na última sexta-feira.
O sentimento do mercado foi afetado na terça-feira, após o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter reduzido sua projeção de crescimento mundial para este ano e para o ano que vem, e ter alertado que o crescimento global pode nunca atingir os níveis pré-crise novamente.
O FMI está agora projetando um crescimento econômico global de 3,3% este ano, abaixo dos 3,4% projetados em julho, e espera um crescimento de 3,8% em 2015, em comparação com uma previsão anterior de 4,0%.
A demanda pelo iene foi impulsionada e o par USD/JPY permaneceu perto de baixas de três semanas de 107,75 atingidas durante a noite, antes de recuar levemente e ser negociado a 108,27, subindo 0,13% no dia.
O iene ganhou força ontem, após o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, ter expressado preocupações com o impacto que um iene mais fraco pode ter sobre a economia.
O Banco do Japão manteve a política monetária inalterada na sua reunião de política de terça-feira, mas reconheceu que uma demanda doméstica em desaceleração como resultado de um aumento dos impostos sobre as vendas em abril está causando fraqueza na produção.
Os investidores estão agora voltando a atenção para a ata da reunião de setembro do Banco Central dos EUA (Fed), programada para o final do dia, em busca de novas indicações sobre o curso futuro da política monetária norte-americana.
A moeda estadunidense recuperou-se em relação ao euro e ao iene nos último meses, em meio a expectativas cada vez maiores de que o Banco Central dos EUA (Fed) está perto de aumentar as taxas de juros, ao passo que os bancos centrais da Europa e do Japão parecem propensos a manter uma política monetária mais flexível.
EUR/USD atingiu baixas da sessão de 1,2623, antes de recuperar-se e ser negociado a 1,2670.
O euro permaneceu sob pressão após um relatório divulgado ontem, que mostrou uma queda acentuada nos pedidos às fábricas na Alemanha em agosto, ter somado-se às preocupações de que a maior economia da zona do euro está entrando em recessão.
Os dados fracos somaram-se às expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) implementará novas medidas de estímulo para ajudar a impulsionar o crescimento.
O FMI disse ontem que a Europa estava passando por uma “recuperação de velocidades variadas” e revisou para baixo suas projeções de crescimento para as três maiores economias da zona do euro: Alemanha, França e Itália.
A libra esterlina e o franco suíço caíram, com GBP/USD recuando 0,13%, para 1,6077, e USD/CHF subindo 0,10%, para 0,9576.
Os dólares vinculados a commodities permaneceram amplamente fracos, com AUD/USD caindo 0,60%, para 0,8760, NZD/USD recuando 0,34%, para 0,7802, e USD/CAD subindo 0,37%, para 1,1204.
No Canadá, dados mostraram que a construção de imóveis residenciais cresceu em 197.300 em setembro, superando as expectativas de uma alta de 196.000. Os números de agosto foram revistos para um aumento de 196.300 em relação a uma estimativa anterior de 192.400.