Investing.com - O dólar apresentou estabilidade frente a uma cesta de seis moedas globais nesta quinta-feira, mas os ganhos permanecem controlados enquanto a situação política tanto da Europa quanto dos EUA continua promovendo a aversão ao risco.
O Índice Dólar, que mede a força da moeda norte-americana frente à cesta de seis moedas globais, subiu 0,9% para 100,23.
Os ganhos do dólar permanecem sob controle em meio a dúvidas sobre a postura protecionista do presidente Donald Trump e insinuações da nova administração de que preferiria um dólar mais fraco.
O dólar venceu a disputa contra o iene, com USD/JPY subindo 0,35% a 112,32 depois de atingir a marca de dez semanas em baixa, na última sessão.
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e Donald Trump estão para realizar uma reunião de dois dias nos EUA, a partir desta sexta-feira, e o comércio e questões monetárias devem ser o foco principal.
Trump acusa Tóquio de fazer uso de política monetária para enfraquecer a moeda e alavancar exportações.
O euro caiu com EUR/USD em declínio para US$ 1,0692.
A moeda única permaneceu sob pressão em meio ao temor dos investidores a respeito da eleição presidencial da França, repetindo Brexit e Trump.
Dúvidas sobre as eleições na Holanda, Alemanha e, possivelmente na Itália, assim como divergências em relação ao calote da Grécia alimentam o medo sobre a crise política na Zona do Euro.
Comentários dovish do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, que na segunda-feira minimizou pedidos para que o banco estenda o programa de compra de ativos, também mantiveram o euro na defensiva.
A libra mais alta, com GBP/USD subiu 0,12% para 1,2555 após a primeira-ministra Theresa May receber aprovação do parlamento inglês, na quarta-feira, para dar início à saída de Brexit da União Europeia.
Enquanto isso, o dólar neozelandês desceu bruscamente, com NZD/USD caindo 0,76% para 0,7207.
O banco central do país segurou as taxas em 1,75% durante a noite e de indícios de poderia ficar neste mesmo patamar por dois anos ou mais, citando o “risco protecionista”, colocado pela administração de Trump como um grande perigo.