Por Luana Maria Benedito
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar era negociado em queda contra o real nesta segunda-feira, abaixo dos 4,09 reais, após notícias positivas sobre o comércio mundial, em dia de comportamento técnico dos mercados antes do Natal.
Às 10:11, o dólar recuava 0,32%, a 4,0820 reais na venda. Na máxima da sessão, divisa norte-americana tocou os 4,0966 reais, antes de recuar e atingir 4,0799 na mínima.
Na semana passada, o dólar encerrou a sexta-feira em sua maior alta em seis semanas, de 0,79%, a 4,0949 reais na venda.
Neste pregão, o contrato mais negociado de dólar futuro operava em queda de 0,51%, a 4,082 reais.
No exterior, o dólar ganhava marginalmente contra uma cesta de moedas fortes ao mesmo tempo em que recuava contra algumas moedas arriscadas, como o dólar australiano, o peso chileno e o rand sul-africano. Contra o peso mexicano e a lira turca, a divisa norte-americana registrava leves altas.
"Esta é uma semana reduzida pelo feriado, com uma agenda bem fraca", explicou Cleber Alessie Machado, operador da Commcor, sobre a movimentação desta segunda-feira. "Acaba sendo menos plausível esperar forte especulação."
"Hoje, o funcionamento é básico, mais técnico e menos de jogo. Os fluxos tendem a prevalecer."
No lado das manchetes comerciais, nesta segunda-feira o ministério das Finanças da China anunciou que o país vai reduzir no próximo ano tarifas sobre produtos que vão de carne suína congelada e abacate a alguns tipos de semicondutores, conforme o país busca aumentar as importações.
"A medida acontece no momento em que a China busca ampliar seus estoques de carne de porco, diante da epidemia de febre suína", disse a XP em nota sobre a medida chinesa. "As tarifas sobre alguns produtos cairão a zero e diversos países, incluindo o Brasil, deverão ser beneficiados."
Além disso, na sexta-feira, depois do fechamento do mercado interbancário, o presidente Jair Bolsonaro disse que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lhe disse em um telefonema que decidiu não sobretaxar o aço e o alumínio do Brasil.