O dólar desacelerou a queda no exterior e no mercado local e o euro perdeu força na manhã desta quinta-feira, 25, após a ata do Banco Central Europeu (BCE). A moeda americana se desvaloriza pouco frente o real, enquanto o retorno dos Treasuries cedem com expectativas voltadas também para o início do simpósio do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em Jackson Hole, que na visão de alguns analistas poderá reforçar o sinal "hawkish" na política monetária. O evento mais esperado é o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, na sexta-feira, 26. Por enquanto, os ativos financeiros globais reagem à ata do Banco Central Europeu, que sinalizou, pelo menos, a manutenção do ritmo de alta de juros de 50 pontos-base em setembro. No documento, o BCE afirma que o risco de expectativas de inflação de longo prazo ficarem desancoradas está crescendo e que há mais trabalho a fazer para controlar a inflação na zona do euro.
Nesse contexto, o euro devolveu os ganhos de mais cedo e oscila perto da estabilidade ante o dólar e as bolsas na Europa sobem levemente. Os juros de bônus europeus ganharam leve fôlego após a publicação da ata da reunião monetária de julho do BCE, que mostrou os dirigentes propensos a seguir com a "normalização" das taxas na zona do euro. Apesar da leve melhora, os juros ainda recuavam.
Entre as commodities, após registrar alta nos últimos dias, impulsionado pelo anúncio de estímulos econômicos na China, o preço do contrato de minério de ferro negociado para setembro em Cingapura recuou 1,01%, cotado a US$ 103,05 a tonelada, de acordo com a Singapore Exchange. Já os contratos à vista registraram queda de 0,14%, cotados a US$ 105,00 por tonelada. O contrato da commodity para janeiro de 2023 em Dalian, na China, caiu 0,2%, a 705,50 yuans (US$ 102,99).
No radar estão ainda as revisões do PIB do segundo trimestre e a inflação do PCE dos EUA em julho, às 9h30.
Mais cedo, o IPC-FIpe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, apontou alta de 0,05% na terceira quadrissemana de agosto, revertendo queda marginal de 0,03% observada na segunda quadrissemana deste mês.
A confiança do consumidor subiu 4,1 pontos em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 83,6 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 2,7 pontos. Às 9h25 desta quinta-feira, o dólar à vista caía 0,04%, a R$ 5,1089. O dólar setembro recuava 0,15%, a R$ 5,1165.