Dólar reduz alta e opera perto da estabilidade ante real com avanço do petróleo

Publicado 20.04.2016, 15:46
© Reuters.  Dólar reduz alta e opera perto da estabilidade ante real com avanço do petróleo
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Por Bruno Federowski

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar reduziu bem a alta e passou a operar perto da estabilidade frente ao real nesta quarta-feira após o avanço nos preços do petróleo alimentar o bom humor nos mercados externos, mas incertezas sobre a equipe econômica e a atuação do Banco Central mantinham a pressão sobre a moeda.

Às 15:45, o dólar avançava 0,06 por cento, a 3,5305 reais na venda, após chegar a subir mais de 1 por cento e atingir 3,5673 reais na máxima da sessão. A moeda norte-americana havia recuado quase 2 por cento na sessão passada.

O dólar futuro recuava cerca de 0,1 por cento.

"Houve uma melhora generalizada nos mercados do resto do mundo que ajudou o real no começo da tarde", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

Após chegarem a derrapar no início da sessão, os preços do petróleo voltaram a subir no fim da manhã e aceleraram os ganhos na parte da tarde, influenciados por dados mostrando aumento menor que o esperado nos estoques dos Estados Unidos.

O dólar recuava contra moedas como os pesos chileno e mexicano.

Mais cedo, o dólar chegou a subir com mais força após notícias veiculadas na imprensa indicarem que pessoas cotadas para encabeçar a equipe econômica no provável governo Temer, como o ex-presidente do BC Armínio Fraga e o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Marcos Lisboa, já teriam recusado o convite.

"Agora o mercado vê o afastamento (de Dilma) como dado e está focado detalhes do governo Temer. Com a crise econômica como está, parece que não vai ser muito fácil encontrar quem aceite segurar o tranco", disse o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

A perspectiva de uma equipe de formação técnica e de postura econômica mais ortodoxa vinha animando o mercado nas últimas semanas.

Uma fonte com conhecimento do tema afirmou à Reuters que o presidente da Febraban, Murilo Portugal, é o nome mais forte neste momento para assumir a Fazenda em eventual governo Temer.

Também contribuiu para a alta da moeda norte-americana a atuação do BC, que vendeu nesta terça-feira a oferta integral até 20 mil swaps reversos, equivalentes a compra futura de dólares. A atuação foi bem menos intensa do que nas últimas semanas, porém, quando o BC chegou a realizar cinco leilões de até 80 mil swaps reversos em uma única sessão.

Uma fonte da equipe econômica disse à Reuters na véspera que o BC vai trabalhar com uma "mão mais leve" no mercado de câmbio no curto prazo.

O BC também informou na noite passada que não fará mais leilões de rolagem dos swaps tradicionais que vencem no mês que vem, que equivalem a venda futura de dólares. Com isso, deixará vencer o equivalente a 8,6 bilhões de dólares, que ajudarão a reduzir o estoque de swaps tradicionais, além dos cerca de 31 bilhões de dólares em swaps reversos até agora.

"O BC tem conduzido o câmbio com bastante prudência, adequando-se às necessidades do mercado. Isso dá alguma segurança para o operador", disse o operador de um banco internacional.

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