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Dólar renova máxima de 20 anos no exterior; BC da Austrália eleva taxa de juros

Publicado 05.07.2022, 04:24
Atualizado 05.07.2022, 07:31
© Reuters
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Por Peter Nurse

Investing.com - O dólar americano avançava no início da manhã desta terça-feira, enquanto o dólar australiano recuava, apesar de o banco central do país anunciar uma elevação de juros de meio ponto percentual.

Às 07h24, o Índice Dólar, que rastreia a moeda americana contra uma cesta de seis divisas, avançava 0,98%, a 105,942, após saltar para 105,64 na sexta-feira. A máxima do dia foi de 106,01, renovando o pico de duas décadas de 105,79 tocado em meados de junho.

O sentimento de risco cresceu na terça-feira, com os mercados acionários abrindo em baixa de maneira geral, o que se refletiu na busca por proteção no dólar. Além disso, os recuos da moeda americana têm sido limitados pelo forte repique na taxa de 10 anos dos títulos do Tesouro Americano, negociadas pela última vez a 2,91%, desde que tocaram o nível mais baixo de maio a 2,791% na sexta-feira.

Não houve negociação de treasuries na segunda-feira, com os mercados dos EUA fechados para o feriado de 4 de julho, o que também acabou restringindo a atividade nos mercados de câmbio.

O dólar australiano caía 0,93%, a 0,68, depois que o banco central da Austrália elevou sua taxa básica de juros em 50 pontos-base. Embora o movimento fosse amplamente esperado, o aumento de 75 pontos-base implementado pelo Federal Reserve no mês passado alimentou a especulação de que o BC australiano poderia ser mais agressivo no aperto.

“Apesar disso, o dólar da Austrália tem estado bastante desconectado da política monetária e da dinâmica de juros no curto prazo, influenciado principalmente pelos movimentos do USD e pelo ambiente global de risco”, disseram os analistas da ING em nota.

“Acreditamos que um retorno para 0,7000 ou mais no AUD/USD exigirá uma estabilização/recuperação mais substancial no sentimento de risco mundial, o que só deve se materializar no 4º tri”.

O euro caía 1,19%, a 1,0295 após divulgação dos dados do PMI do final de junho na zona do euro, que mostrou uma desaceleração da atividade na região apesar de vir levemente acima do esperado.

O Banco Central Europeu pretende elevar suas taxas de juros pela primeira vez em uma década no fim deste mês, e os investidores estão aguardando a divulgação da ata da reunião de junho, na quinta-feira, a fim de ter uma ideia melhor da política monetária futura.

“Acreditamos que o par corre um risco maior de retestar as mínimas de maio a 1,0380 nos próximos dias, em vez de retornar para a região de 1,0500-1,0600, dado que ainda persiste um ambiente global de risco instável”, afirmou a ING.

A libra recuava 0,64%, a 1,2026, enquanto o iene recuava 0,17%, a 135,91 dólar, com o iene impactado pela elevação das taxas dos títulos nos EUA e voltando a deslizar em direção à mínima de 24 anos em relação à moeda americana.

O iuan avançava 0,05%, a 6,7073, com o iuan respaldado por notícias de que o setor de serviços na China cresceu em seu ritmo mais rápido em quase um ano, em junho, à medida que as restrições contra a Covid eram flexibilizadas, e a demanda, retornava.

O índice Caixin de gerentes de compras de serviços subiu para 54,5 em junho, indicando o crescimento mais rápido desde julho do ano passado e a primeira expansão desde fevereiro.

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