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Dólar salta acima de R$5,20 e fecha agosto em alta com exterior arisco e aumento de volatilidade

Publicado 31.08.2022, 17:10
© Reuters. Cédulas e moedas de dólares dos EUA em cofre em um banco em Westminster, Colorado, EUA
03/11/2009
REUTERS/Rick Wilking
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Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar tornou a mostrar forte alta pela segunda sessão consecutiva nesta quarta-feira, encerrando agosto acima de 5,20 reais e mais do que apagando a queda acumulada no mês até a véspera, num dia combalido para divisas emergentes em geral em meio a nova debacle nos preços das commodities.

O real sofreu adicionalmente com percepção de saída de recursos relacionada ao pagamento de dividendos da Vale (BVMF:VALE3) e da Petrobras (BVMF:PETR4) a investidores de posse de ADRs, com bancos contratados remetendo os valores a clientes externos. O ingresso anterior de capital derivado da necessidade das empresas de fazer caixa para realizar os pagamentos teria turbinado a queda recente do dólar, segundo relatos.

A volatilidade ganhou ainda mais estímulo pela formação da Ptax de fim de mês.

No fechamento das operações no mercado à vista, o dólar saltou 1,74%, a 5,2007 reais na venda. O ganho percentual é o mais intenso desde 2 de agosto (1,93%) e o patamar de encerramento é o mais alto desde o último dia 4 (5,2228 reais).

A cotação se manteve em alta por todo o pregão. Na mínima, subiu 0,23%, a 5,1239 reais, e no pico bateu 5,2124 reais, apreciação de 1,96%.

Em dois dias, o dólar subiu 3,33%, maior alta percentual para esse intervalo desde 13 de junho (3,97%). A velocidade do movimento fez a taxa de câmbio colar em sua média móvel de 200 dias, acima da qual não opera desde o começo de agosto. Uma superação consistente dessa linha de resistência poderia acionar novas ordens de compra que poderiam intensificar a alta da moeda norte-americana.

Com a forte valorização, a divisa não apenas apagou a perda de 1,17% vista no acumulado do mês até a véspera como concluiu agosto em alta de 0,54%. No ano, reduziu a queda para 6,69%.

O real seguiu o bloco de moedas emergentes em queda, com essa classe de ativos sendo punida depois de performar melhor enquanto as commodities estavam em rota ascendente.

Mas novamente o noticiário nessa frente não ajudou. O minério de ferro --um dos principais produtos exportados pelo Brasil-- negociado em Dalian (China) voltou a cair nesta quarta-feira e marcou sua terceira queda mensal consecutiva. E o petróleo fechou o pregão com baixas entre 2,3% e 2,8%.

"No curto prazo (até fim do ano), talvez o cenário seja mais negativo para o câmbio (dólar para cima)", disse Dan Kawa, sócio e responsável pela área de gestão da TAG Investimentos.

"Estamos vendo um ciclo de queda das commodities, é ruim para o Brasil. Temos eleição à frente, a visibilidade é baixa, a eleição tende a ser acirrada. E o mundo está em situação de bastante fragilidade", afirmou o profissional.

O salto do dólar nesta quarta foi acompanhado por forte demanda de opções de compra da moeda norte-americana ("calls") comparativamente a opções de venda ("puts"). A medida para um mês disparou para o maior nível desde 23 de junho, indicativo de maior crença na valorização do dólar no período.

© Reuters. Cédulas e moedas de dólares dos EUA em cofre em um banco em Westminster, Colorado, EUA
03/11/2009
REUTERS/Rick Wilking

Daniel Tatsumi, gestor de moedas da ACE Capital, disse estar comprado em dólar (vendo alta da moeda) contra real e outras divisas, citando a política monetária dos EUA, inflação global, instabilidade nos preços das matérias-primas e problemas econômicos na China --principal destino das exportações brasileiras.

"O real está à deriva. Os movimentos lá fora estão mais fortes", disse, apontando que os temas externos por ora devem continuar se sobressaindo. "(Mas) o real não vai ter uma volatilidade muito maior do que as outras moedas, vai ser em linha."

Setembro será o mês anterior às aguardadas eleições presidenciais no Brasil. O dólar teve desempenho misto nesse mês nos últimos anos eleitorais: 2018 (-0,87%), 2014 (+9,33%), 2010 (-3,89%), 2006 (+1,21%) e 2002 (+24,75%).

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