Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar operava em alta ante o real nesta quinta-feira diante de fluxo pontual de saída e manutenção da cautela com o noticiário político, com os agentes em busca de pistas sobre o desenrolar das reformas no Congresso Nacional.
No entanto, o recuo do dólar ante outras divisas no exterior após os preços do petróleo se recuperarem um pouco, continha o movimento local.
Às 11:02, o dólar avançava 0,30 por cento, a 3,3426 reais na venda. O dólar futuro tinha leve alta de 0,15 por cento.
"A instabilidade vai continuar enquanto não se dissiparem as dúvidas em relação às reformas. Os mercados esperam por uma previsibilidade que não vai acontecer por enquanto", disse o operador da Advanced Corretora Alessandro Faganello.
O dólar chegou a operar em queda mais cedo em sintonia com o movimento da moeda ante divisas emergentes no exterior, onde cai ante o peso mexicano e a lira turca, entre outros, em dia de recuperação nos preços do petróleo.
Mas, segundo profissionais, houve fluxo pontual de saída, que pressionou as cotações.
"Objetivamente, venda entre 3,30 reais e 3,35 reais. A partir deste ponto, entendemos que não é recomendável vender e esperar alguns dias para verificar o mercado. Seguimos com o alerta de luz amarela ligado", recomendou a clientes a consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos.
Nesta semana, o mercado ficou nervoso depois de o governo sofrer um revés na reforma trabalhista, que não foi aprovada pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado.
Embora não tenha poder de veto, a rejeição sinalizou a fragilidade da base aliada e agora o mercado espera que o governo consiga aprovar o texto no plenário da Casa.
Nesta quinta-feira, na Noruega, o presidente Michel Temer reiterou a confiança na aprovação da reforma da Previdência e disse que conta com o apoio do Congresso para levar adiante a agenda de reformas do governo.
O BC realizará nesta sessão mais um leilão de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para rolagem dos contratos que vencem julho. [nEMN3IA1HY]
(Por Claudia Violante)