Investing.com - O dólar americano voltou a se aproximar do nível mais forte desde dezembro de 2002 frente às outras moedas importantes nesta terça-feira, após os dados dos EUA mostrarem que a confiança do consumidor em dezembro chegou ao maior nível desde agosto de 2001.
A Conference Board afirmou que seu índice de confiança do consumidor saltou para 113,7 neste mês após marcar 109,4 em novembro. Os analistas esperavam queda para 109,0 em dezembro.
Os dados positivos aumentaram o otimismo quanto à saúde da economia e deram suporte à hipótese de mais aumentos das taxas de juros nos próximos meses.
O índice dólar americano, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada das seis principais moedas do mundo, registrou alta de 0,1%, a 103,05, às 12h25, mantendo-se ainda muito próximo da máxima de 14 anos de 103,62, registrada na última semana.
Frente ao iene, o dólar avançou 0,4%, a 117,55, comparado com uma máxima de 10 meses e meio de 118,65 registrada na última semana.
O iene reagiu pouco aos dados da inflação japonesa, que viu o núcleo de preços ao consumidor cair pelo nono mês consecutivo em novembro.
Enquanto isso, o euro quase não apresentou variação frente ao dólar, marcando 1,0454, ficando um pouco acima da mínima de 13 anos atingida na última semana de 1,0352.
Os investidores contemplaram o futuro do Banca Monte dei Paschi di Siena após o Banco Central Europeu afirmar que o banco italiano precisa de € 8,8 bilhões (US$ 9,2 bilhões) para reduzir o déficit}}, um valor maior do que o de € 5 bilhões estimado pelo banco.
No Reino Unido, a libra esterlina recuou 0,2%, para 1,2256, em relação ao dólar, frente a uma mínima de sete semanas de 1,2229 tocada no fim da semana passada, em meio a novas dúvidas sobre o processo de retirada da Grã-Bretanha da União Europeia.
Desde as eleições americanas em novembro, o dólar subiu quase 6% graças a apostas em um crescimento mais rápido dos EUA e um ritmo maior de aumento das taxas de juros sob a administração do futuro presidente Donald Trump.
O Federal Reserve aumentou as taxas de juros pela primeira vez no ano no início deste mês e projetou três outros aumentos para 2017. Em contrapartida, os bancos centrais da Europa e do Japão continuam empenhados em aplicar políticas econômicas muito permissivas.
Taxas de juros mais altas impulsionam o dólar, já que o tornam mais atraente para investidores que buscam rendimentos seguros.