Nova York, 22 fev (EFE).- O índice Dow Jones Industrial, o principal de Wall Street, manteve-se durante todo o pregão desta terça-feira em tendência de baixa e caiu 1,44%, influenciado pela crise na Líbia, onde Muammar Kadafi vem reprimindo de forma sangrenta as manifestações populares contra seu governo.
Esse indicador, que inclui 30 das maiores empresas americanas, sofreu redução de 178,46 pontos, fechando aos 12.212,79.
O índice seletivo S&P 500 encerrou a sessão em queda de 2,05%, para 1.315,44 pontos, enquanto o indicador da bolsa eletrônica, a Nasdaq, caiu 2,74%, para 2.756,42.
A crise na Líbia, que é o nono maior produtor de petróleo entre os 12 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), com 1,57 milhões de barris diários, fez com que empresas ocidentais do setor de energia que operam no país norte-africano reduzissem ou suspendessem nesta terça-feira a produção de petróleo e gás.
Dessa forma o preço do Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve) subiu 8,54% - sua maior alta em um só dia nos últimos dois anos - e fechou cotado a US$ 93,57 dólares por barril, seu nível mais baixo desde outubro de 2008.
Além da crise líbia, que determinou o ritmo do pregão nova-iorquino, os investidores souberam também hoje que o preço dos imóveis residenciais nas 20 maiores cidades dos EUA caiu no último trimestre de 2010: 4,1% na taxa anualizada.
Influenciadas pela crise líbia e o medo de que ocorra um efeito dominó em outros países produtores de petróleo, com consequente aumento do preço do petróleo, as companhias Chevron (1,62%) e Exxon (1,11%) foram duas das três empresas que tiveram seus papeis valorizados no Dow Jones, além do grupo alimentício Kraft (1,81%).
As maiores quedas foram registradas por Alcoa (-4,28%), JPMorgan Chase (-4,15%), Bank of America (-3,86%), Caterpillar (-3,64%) e Wal-Mart (-3,09%).
Na Nasdaq os gigantes tecnológicos Apple (-3,41%) e Google (-3,15%) sofreram queda no preço de suas ações. Já o dólar se fortaleceu frente ao euro (cotado por sua vez a US$ 1,3654). EFE