(Corrige erro de digitação no oitavo parágrafo).
Washington, 14 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, indicou nesta quinta-feira que "é hora de tomar uma decisão" sobre a crise da dívida que vive o país e exortou os líderes republicanos no Congresso a se esforçarem para chegar a um acordo neste fim de semana.
Obama convocou uma entrevista coletiva para a manhã desta sexta-feira para explicar as intensas negociações que manteve durante toda esta semana com a oposição, informou a Casa Branca.
Apesar de o presidente procurar ter um princípio de acordo nas próximas 24 a 36 horas, republicanos e democratas não se reunirão na sexta-feira na Casa Branca, como fizeram durante toda esta semana, segundo assinalaram fontes do partido democrata à cadeia "CBS".
Em seu lugar, o presidente orientou os congressistas a seguirem trabalhando desde o Congresso, ao considerar que já têm toda as informações "detalhadas" necessárias para esboçar as bases de um acordo.
"Chegou a hora de tomar uma decisão", disse o presidente, segundo as mesmas fontes.
As frenéticas negociações buscam um consenso entre os partidos para elevar o teto da dívida antes de 2 de agosto, data em que caduca o limite de US$ 14,29 trilhões e na qual, portanto, os Estados Unidos entrariam em moratória pela primeira vez em sua história.
Obama, cuja proposta inicial estava ligada a uma ambiciosa redução do déficit avaliada em US$ 4 trilhões nos próximos dez anos, segue defendendo o "acordo mais amplo possível", mas se mostra agora mais disposto que antes a aceitar um plano mais modesto, com um corte de US$ 2 trilhões.
Mas a proposta de Obama, que inclui concessões democratas como cortes na Seguridade Social, segue prevendo altas de impostos aos mais ricos, algo que os republicanos rejeitam.
A ideia que parece mais viável é um pacote moderado de reforma de impostos que possa ser aceita pelos parlamentares que mantêm posições mais rígidas em cada partido.
A Casa Branca aceitou como plano de contingência a proposta do líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell.
O plano, apresentado nesta quinta-feira pelo senador, concederia ao presidente a máxima autoridade à hora de elevar o teto da dívida, mas depois dessa ação unilateral deveria passar o bastão ao Congresso para que os parlamentares decidam onde e como fazer os cortes necessários. EFE