Washington, 25 jun (EFE).- A economia dos Estados Unidos cresceu
entre janeiro e março, mas em ritmo menor do que o calculado
inicialmente pelo Governo, que hoje ajustou seus números que
resultaram no menor aumento da despesa dos consumidores e no maior
déficit comercial.
Segundo o Departamento de Comércio, em seu terceiro e último
cálculo, o Produto Interno Bruto (PIB) teve uma taxa anualizada de
crescimento de 2,7% no primeiro trimestre. Em seu primeiro cálculo,
o Governo tinha indicado um aumento de 3,2%, e no segundo de 3%.
O dado surpreendeu e mostrou que a reativação da economia
americana, que até meados de 2009 teve quatro trimestres
consecutivos de contração, continua, mas com menor ímpeto.
No último trimestre de 2009, a taxa anualizada de crescimento do
PIB foi de 5,6%.
Os analistas calculam agora que o crescimento será um pouco mais
forte no segundo trimestre, com uma taxa ao redor de 3,8%. Mas
persistem as incertezas sobre as perspectivas de crescimento
econômico na segunda metade do ano.
O elevado índice de desemprego, as turbulências nos mercados
financeiros e a ausência de inflação são algumas das razões pelas
quais esta semana o Federal Reserve (Fed, banco central americano)
reiterou que manterá, por um período extenso, as taxas de juros em
menos de 0,25% .
O Departamento de Comércio afirmou hoje que a despesa dos
consumidores, que nos EUA equivale a mais de dois terços do PIB,
cresceu 3% entre janeiro e março, ou seja, cinco décimos abaixo do
cálculo preliminar.
Mas mesmo assim foi um grande aumento, comparado com o
crescimento de 1,6% nos três meses anteriores. O crescimento da
despesa dos consumidores entre janeiro e março passados foi o maior
desde 2007.
Um fato positivo nas correções é que os lucros das empresas nesse
período aumentaram 12,1%, bem acima dos 9,7% calculados
anteriormente. EFE