Frankfurt (Alemanha), 4 set (EFE).- O diretor-geral do Fundo
Monetário Internacional (FMI), o francês Dominique Strauss-Kahn,
disse hoje, em Berlim, que "a economia mundial começa a sair da pior
crise econômica e financeira" registrada "desde a Segunda Guerra
Mundial".
No entanto, durante a 6ª conferência anual que o Bundesbank
(banco central alemão) celebra em Berlim, Strauss-Kahn frisou que a
recuperação será lenta.
"Estou preocupado com os custos sociais e econômicos do
desemprego, que deverão continuar mesmo após a estabilização dos
mercados financeiros e da produção", disse Strauss-Kahn.
Segundo o dirigente, as medidas de estímulo adotadas para
combater a crise mundial deveriam ser abandonadas "apenas quando a
economia se recuperar e a taxa de desemprego cair".
O francês também disse que, para haver reequilíbrio na demanda,
serão necessárias fortes medidas políticas, inclusive o
fortalecimento do sistema financeiro nas economias mais avançadas e
o fomento dos gastos públicos em países asiáticos emergentes.
Além disso, Strauss-Kahn pediu reformas que impulsionem a
produtividade, aumentem a flexibilidade no mercado de trabalho e
estimulem o consumo.
O diretor-geral do FMI, açém de descartar a inflação como um
problema até que a recuperação econômica esteja firmemente em
andamento, advertiu que as reformas não costumam acontecer tão
rapidamente como deveriam.
Sobre o sistema monetário internacional, o francês acredita que,
"apesar de seus problemas", ele funciona melhor do que se diz
frequentemente".
Ainda segundo ele, o fortalecimento do dólar durante a crise
reflete o status da moeda americana como "ativo seguro inigualável".
EFE