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Economistas preveem inflação maior que meta do Governo

Publicado 26.09.2011, 12:25

Rio de Janeiro, 26 set (EFE).- O Brasil terminará 2011 com uma inflação de 6,52% de acordo com projeções de economistas de bancos privados, que pela primeira vez preveem para este ano um aumento de preços superior ao teto da meta do Governo, informou o Banco Central nesta segunda-feira.

Cerca de cem analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco subiram sua projeção para a inflação de 6,46%, índice de duas semanas atrás, para 6,52%.

A nova projeção coloca em dúvida a possibilidade que o Governo cumpra a meta de fechar o ano com uma inflação de 4,5%, com uma margem de tolerância de dois pontos que permite que a taxa alcance o máximo de 6,5%. Os economistas também subiram a previsão para 2012, de 5,5% para 5,52%.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país acumulou nos últimos doze meses uma inflação de 7,23%, a maior para o período desde junho de 2005, quando foi de 7,27%.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial, foi pressionado principalmente pelos reajustes no preço dos alimentos e acumulou nos primeiros oito meses do ano um aumento de 4,42%, mais de um ponto percentual acima do 3,14% medido entre janeiro e agosto de 2010.

Apesar do aumento da inflação, o Banco Central decidiu em agosto reduzir a taxa básica de juros de 12,5% para 12% ao ano, por considerar que a desaceleração da economia mundial pode frear as pressões sobre os preços no Brasil.

Enquanto elevaram suas projeções para a inflação, os analistas reduziram a previsão para o crescimento da economia brasileira este ano, de 3,52 para 3,51%. A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano foi mantida em 3,70%.

Para 2011, os economistas também preveem um superávit comercial de US$ 25 bilhões, um déficit recorde em conta corrente de US$ 56,35 bilhões e que a dívida pública fique em 39,1% do PIB. O investimento estrangeiro deve chegar ao recorde de US$ 55 bilhões.

Apesar de o dólar ter registrado uma apreciação perto de 18% nas últimas semanas, e a taxa de câmbio ter aberto a segunda-feira a R$ 1,849 por dólar, os economistas calculam que a cotação no final do ano será de R$ 1,68 por dólar. EFE

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