Por Sarah Marsh
BEUNOS AIRES (Reuters) - A Argentina entrou em default pela segunda vez em 12 anos depois que acabaram as esperanças de um acordo de última hora com os credores chamados de "holdouts", preparando o caminho para que os preços de ações e bônus argentinos desabem nesta quinta-feira e aumentando as chances de que a recessão seja ainda mais forte neste ano.
Depois de sete horas de reuniões em Nova York, o ministro argentino da Economia, Axel Kicillof, disse que os credores "holdouts" --liderados pelos fundos NML e Aurelius-- rejeitaram de novo a oferta de aderirem à troca com as mesmas condições que os credores reestruturados.
Kicillof acrescentou que tampouco aceitaram o pedido da Argentina para que peçam à Justiça que suspenda a ordem que impede ao país pagar sua dívida externa se não fizer o mesmo com os "holdouts".
Mesmo um curto default elevará os custos de financiamento das empresas, aumentará as pressões sobre o peso, drenará recursos das reservas internacionais e alimentará uma das taxas de inflação mais altas do mundo.