Copenhague, 10 dez (EFE).- Uma proposta do magnata George Soros
para desbloquear o debate sobre o financiamento de medidas contra a
mudança climática foi elogiada hoje na cúpula das Nações Unidas
sobre o tema (COP15), realizada em Copenhague.
Soros propôs dedicar uma parte dos US$ 283 bilhões de verbas
especiais do Fundo Monetário Internacional (FMI) para reduzir as
emissões de dióxido de carbono (CO2) nos países em desenvolvimento.
"Finalmente, alguém mostra ideias inovadoras necessárias para que
este acordo faça sentido. A proposta de Soros reflete a ambição e
urgência corretas que necessitamos dos próprios países ricos", disse
a ONG Oxfam Internacional, em comunicado.
Esses projetos para atenuar os efeitos da mudança climática
poderiam gerar juros sobre os US$ 100 bilhões que seriam atribuídos
na próxima década, e as reservas de ouro do FMI serviriam de
garantia para o capital e os juros.
Embora Soros preveja obstáculos, como a oposição do Congresso
americano, a Oxfam comemorou a ideia e lembrou que o que foi
escutado até agora dos países ricos "são vagos e evasivos
sussurros", mas não há nem um centavo sobre a mesa para ajudar as
nações pobres na questão da mudança climática.
Acrescentou que estes países necessitam pelo menos US$ 100
bilhões até 2020 para adaptar-se aos estragos causados pela mudança
climática e se lamentou que a somente uma semana do fim da cúpula,
os Governos tenham evitado o tema do financiamento. EFE