Washington, 20 mar (EFE).- A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, anunciou nesta terça-feira que dez países da União Europeia (UE) mais o Japão não estarão sujeitos às novas sanções que Washington aplicará a partir de julho, quando entrará em vigor o embargo do bloco às importações de petróleo iraniano.
Em janeiro, a decisão dos Estados Unidos ocorre após os países da UE decidirem impor um embargo às importações de petróleo do Irã, o que levou Washington a retirá-los da lista de países passíveis de sanções por comprar o produto de Teerã.
Os dez países europeus em questão (Espanha, França, Itália, Grécia, Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Polônia e República Tcheca) e o Japão "reduziram significativamente seu volume de compras de petróleo do Irã", justificou Hillary em comunicado.
"Notificarei ao Congresso que as sanções relativas à seção 1.245 da lei de gastos de defesa de 2012 não serão aplicadas às instituições financeiras baseadas nesses países, por um período renovável de 180 dias", assinalou a secretária de Estado.
A lei, assinada pelo presidente americano, Barack Obama, em 31 de dezembro de 2011, contém uma cláusula que prevê sanções econômicas a partir do dia 30 de junho às instituições que fizerem transações relacionadas ao petróleo com o banco central iraniano.
No entanto, essa cláusula permite uma exceção para os países que tenham reduzido significativamente sua dependência do petróleo iraniano, por isso o governo dos EUA deve notificar ao Congresso sobre as medidas que cada um deles tomou nesse sentido.
"A proibição de qualquer nova compra de petróleo iraniano a partir de 23 de janeiro e a eliminação gradual dos contratos existentes a partir de 1º de julho demonstram sua solidariedade e compromisso para prestar contas ao Irã por sua decisão no cumprimento de suas obrigações internacionais", disse Hillary.
O embargo americano se inclui na lista de ações tomadas para pressionar o Irã a abandonar seu programa nuclear, acusado pelo Ocidente de ter fins bélicos, mas a República Islâmica resiste e garante ter apenas fins pacíficos com o enriquecimento de urânio. EFE