Washington, 27 jul (EFE).- O Governo americano reiterou hoje que
quer minimizar sua presença na General Motors (GM) e na Chrysler,
mas esclareceu que não venderá o total de sua participação nas
montadoras.
Ron Bloom, responsável pelo grupo que supervisiona as operações
da GM e da Chrysler, disse hoje que embora o Governo queira vender
suas ações o mais rápido possível, também não quer se desprender de
toda sua participação nas fabricantes.
"Não esperamos vender a totalidade da participação", declarou
hoje Bloom durante uma audiência do Painel de Supervisão do
Congresso realizado em Detroit.
Bloom também não quis estabelecer um calendário de quando o
Governo americano poderia vender sua participação na GM.
"A melhor forma de sair o mais rápido possível é não se
comprometer com uma agenda definida", declarou.
O Departamento do Tesouro possui hoje 60,8% da General Motors
(GM) e 8% da Chrysler, após emprestar às duas empresas US$ 70
bilhões para sua reestruturação e saída da quebra.
A GM indicou que quer emitir uma oferta pública de ações em 2010,
momento em que o Governo americano poderia se desprender de grande
parte de sua participação na montadora.
Bloom destacou que o investimento do Governo americano na GM e na
Chrysler terá sucesso "se os contribuintes recuperarem seu
dinheiro".
O assessor da Casa Branca explicou que os conselhos de
administração da GM e da Chrysler serão independentes e funcionarão
sem intromissão governamental porque, caso contrário, as montadoras
teriam dificuldades para devolver o dinheiro emprestado.
O tesoureiro da Chrysler, Jan Bertsch, confirmou durante a
audiência as palavras de Bloom.
"O dia a dia é responsabilidade de nossa empresa", assegurou.
Bertsch disse que a Chrysler devolverá o dinheiro público em três
pagamentos, a serem feitos em 2011, 2016 e 2017. Após sair da
quebra, em 10 de junho, a montadora está agora sob controle da
italiana Fiat.
Já o tesoureiro da GM, Walter Borst, assegurou que a companhia
pagará os empréstimos dados pelo Governo até 2015. EFE