Por John McCrank
NOVA YORK (Reuters) - A matriz da Fox News, Twenty-First Century Fox, informou no domingo que vai investigar uma acusação de assédio sexual por parte do apresentador de televisão Bill O'Reilly, cujo programa perdeu anúncios de diversas empresas na última semana.
A investigação vem após uma reclamação feita por telefone na linha direta da emissora por Wendy Walsh, uma ex-convidada regular no programa de televisão da Fox "The O'Reilly Factor", e sua advogada, Lisa Bloom, que as duas publicaram no YouTube.
"A 21st Century Fox investiga todas as queixas e nós já pedimos que o escritório de advocacia Paul Weiss continue auxiliando a companhia nessas sérias questões", disse a empresa em comunicado.
Walsh, uma psicóloga e apresentadora de rádio, disse que O'Reilly impediu que ela conseguisse um trabalho lucrativo na emissora depois que ela negou seu convite para encontrá-lo em seu quarto de hotel após um jantar em 2013.
"Eu fui informada de que eles estão levando o caso a sério, e que vão fazer a investigação que lhes é legalmente exigida", disse Bloom à CNN no domingo.
Fox e O'Reilly já pagaram U$13 milhões para cinco mulheres que o acusaram de assédio sexual, informou o New York Times no último final de semana. O'Reilly disse em comunicado que tinha se tornado um alvo injustamente por causa de sua importância e não fez outros comentários.
Diversas empresas já retiraram seus anúncios do programa de O'Reilly na Fox News desde que a acusação foi feita, entre elas a BMW da América do Norte e a Allstate Corp (NYSE:ALL). A farmacêutica britânica GlaxoSmithKline disse que vai suspender temporariamente suas propagandas no programa.
(Reportagem adicional de Lisa Richwine em Los Angeles)