Redação Central, 9 dez (EFE).- Apesar da mudança no formato para
contar com representantes de todos os continentes, o Mundial de
Clubes segue dominado pelas equipes de Europa e América do Sul.
A primeira edição do Mundial de Clubes foi em 2000, nas cidades
de Rio e São Paulo, e teve oito participantes, com vencedores das
seis confederações continentais (Ásia, Europa, Américas Central, do
Norte e Caribe, América do Sul, África e Oceania).
O Corinthians acabou campeão em cima do Vasco em pleno Maracanã,
vencendo por 4 a 3 nos pênaltis após empate sem gols no tempo
normal.
O torneio desapareceu durante quatro anos, por problemas
econômicos, e retornou ao calendário em 2005, no Japão. O São Paulo
foi o campeão, batendo o Liverpool por 1 a 0, com gol de Mineiro.
Antes de ser aberta a todos os continentes, a competição se
chamava Copa Intercontinental e era restrita aos campeões europeu e
sul-americano.
O torneio teve a primeira edição em 1960, coincidindo com a
estreia da Copa Libertadores, principal competição sul-americana. O
vencedor enfrentaria o campeão da Copa da Europa, antecessora da
hoje conhecida Liga dos Campeões, em partidas de ida e volta.
O Real Madrid acabou com a taça na disputa de abertura, passando
pelo Peñarol. Após empate em 0 a 0 na primeira partida, em
Montevidéu, os espanhóis golearam por 5 a 0 em casa.
O Santos de Pelé foi o primeiro time brasileiro a vencer a Copa
Intercontinental, nos anos de 1962 e 1963, superando Benfica e
Milan, respectivamente. Em 1976, o Cruzeiro perdeu a decisão para o
Bayern de Munique.
A fórmula passou por reformulação em 1980, quando a empresa
automobilística Toyota resolveu patrocinar o torneio. A partir de
então, a decisão seria em apenas um jogo no Japão, terra natal da
firma.
Em 1981, o Flamengo foi o primeiro campeão mundial brasileiro em
terras japonesas, superando o Liverpool. Dois anos depois, o Grêmio
bateria o Hamburgo.
O São Paulo foi bicampeão da Copa Intercontinental em 1992 e
1993, respectivamente diante de Barcelona e Milan. Nos pênaltis, o
Grêmio perdeu a decisão de 1995 para o Ajax.
Já o Cruzeiro amargou novamente o vice mundial em 1997, e outra
vez para um alemão: o Borussia Dortmund. No ano seguinte, o Vasco
perdeu para o Real Madrid.
O último brasileiro a viajar ao Japão para a disputa foi o
Palmeiras, derrotado pelo Manchester United - campeão do Mundial de
Clubes do ano passado diante da Liga Deportiva Universitária (LDU)
de Quito.
Os maiores vencedores da Copa Intercontinental, com três títulos
cada, são Milan, Peñarol, Real Madrid, Boca Juniors e Nacional.
Outros oito clubes levantaram a taça duas vezes: Independiente,
Juventus, Ajax, Bayern, Inter, Porto, Santos e São Paulo.
Com uma vitória, completam a relação de campeões da Copa
Intercontinental Estudiantes de La Plata, Olímpia, Grêmio,
Manchester United, River Plate, Atlético de Madrid, Borussia
Dortmund, Estrela Vermelha, Feyenoord, Flamengo, Racing de
Avellaneda e Vélez Sarsfield.
No ano de 2000, o Corinthians levou o primeiro Mundial de Clubes,
enquanto o Boca Juniors faturou a Copa Intercontinental. Problemas
de direitos de televisão e de calendário impediram que ambos
virassem um só torneio até 2005.
Em dezembro de 2004, o estádio de Yokohama despediu-se da Copa
Intercontinental com a vitória do Porto sobre os colombianos do Once
Caldas, nos pênaltis.
Desde o início do novo formato, o Brasil segue como principal
vencedor. Além das conquistas de Corinthians e São Paulo, o
Internacional ganhou a edição de 2006 diante do Barcelona, que pode
igualar as vitórias europeias caso bata este ano o Estudiantes de La
Plata, que levou a Libertadores em cima do Cruzeiro.
Milan, em 2007, e Manchester, ano passado, foram os campeões do
continente europeu.
A edição deste ano deixa o Japão e terá como palco Abu Dhabi, nos
Emirados Árabes. Dois estádios da capital recebem o torneio.
Além de Barcelona e Estudiantes, o Mundial de Clubes terá o
Al-Ahli, anfitrião e campeão dos Emirados Árabes; os sul-coreanos do
Pohang Steelers, representantes da Ásia; o Mazembe do Congo, pela
África; o Atlante, que deu ao México mais um título das Américas
Central, do Norte e Caribe; e o Auckland City, da Nova Zelândia,
como time da Oceania. EFE.