Roma, 5 set (EFE).- O primeiro-ministro francês, François Fillon,
advertiu hoje que, "apesar de ser verdade que as perspectivas
econômicas estão melhorando a curto prazo, graças aos planos de
relançamento, as previsões a longo termo não são favoráveis para a
Europa".
Assim, Fillon se referiu às previsões de crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB) em 2010, que são de 1% na Europa, enquanto nos
Estados Unidos são de 2%, e na Ásia, de 4%, informou hoje o jornal
econômico "Il Sole 24 Ore".
Um crescimento com o qual "não poderemos preservar o modelo
social europeu nem reduzir nosso déficit público".
O primeiro-ministro francês fez estas declarações durante sua
participação no Fórum Ambrosetti, tradicional encontro anual sobre
assuntos econômicos e de política internacional realizado em
Cernobbio, junto ao lago de Como, no norte da Itália.
"O risco sistêmico que pesa sobre o sistema financeiro não
desapareceu. Os erros denunciados por todos há seis meses
ressurgiram e, de modo particular, a concessão desproporcional de
retribuições que favorecem a tomada de riscos excessivos",
ressaltou.
Nesta linha, disse que todos os membros do Grupo dos Vinte (G20,
os países ricos e os principais emergentes) devem aplicar
regulamentações e têm que supervisionar as gratificações dos
banqueiros que os incentivam a adotar esses riscos excessivos.
Fillon afirmou também que, em uma situação de crise como a atual,
a Europa "dispõe de todos os meios para conseguir um crescimento" e
que não "deve ter medo de utilizá-los de modo decidido e coletivo".
EFE