Washington, 9 mar (EFE).- A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, propôs nesta sexta-feira uma contribuição de 28 bilhões de euros (US$ 36 bilhões) para os programas de ajuda à Grécia.
"Consultei com o Diretório Executivo do FMI e, como discutimos com o Governo grego, recomendo uma contribuição de 28 bilhões de euros ao Serviço Ampliado do Fundo (EFF, na sigla em inglês) para apoiar os ambiciosos programas econômicos gregos nos próximos quatro anos", disse Lagarde em comunicado.
Esta proposta, que será debatida pelo Diretório Executivo na próxima semana, representa a contribuição do organismo internacional ao segundo plano de resgate à Grécia, que o Fundo tinha pensado detalhar uma vez que os credores privados da dívida grega se somassem ao perdão proposto por Atenas.
O segundo resgate, estipulado pelos parceiros europeus da Grécia e o FMI em fevereiro de 2012, chega a 130 bilhões de euros (US$ 170 bilhões). Em maio de 2010 foi aprovado por UE, BCE e FMI um primeiro resgate no valor de 110 bilhões de euros (US$ 146 bilhões).
O empréstimo anunciado pelo FMI inclui a parte que o Fundo ainda não tinha desembolsado do primeiro resgate.
Lagarde deu as "boas-vindas à cooperação do setor privado ao participar da troca de dívida oferecido pelas autoridades gregas", já que é "um passo que reduzirá drasticamente as necessidades financeiras da Grécia a médio prazo".
"A escala e tempo de aplicação do apoio do Fundo é um reflexo de nossa determinação a continuar envolvidos", disse Lagarde.
A Autoridade de Gestão da Dívida Pública (PDMA) na Grécia informou hoje que 95,7% dos credores do país participarão da reestruturação dos 206 bilhões de euros (US$ 274 bilhões) de dívida.
O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, considerou que já haviam as condições para que os países da moeda única aprovem os empréstimos contemplados no segundo plano de resgate da Grécia.
A proposta de ajuda à Grécia anunciada por Lagarde seria concedida através do EFF, que tem um período de pagamento mais amplo, de três anos ampliável para quatro. EFE