Istambul (Turquia), 4 out (EFE).- Os países-membros do Fundo
Monetário Internacional (FMI) se comprometeram hoje a colocar fim ao
controle europeu da chefia do organismo, à qual poderão ter acesso
pessoas de outras regiões do mundo.
O Comitê Monetário e Financeiro Internacional, que representa os
186 países-membros do FMI, deve aprovar em abril um novo processo de
seleção "da gerência" da entidade, que será "aberto, baseado no
mérito e transparente".
O Comitê fez sua declaração ao final do encontro semestral,
realizado no Centro de Convenções de Istambul.
Desde sua fundação, em 1944, todos os diretores-gerentes do Fundo
foram europeus, enquanto o "número dois" foi americano. Em troca, os
Estados Unidos se reservaram a designação do presidente do Banco
Mundial.
O Comitê também respaldou a proposta do Grupo dos Vinte (G20, os
países ricos e os principais emergentes) de transferir 5% do voto no
FMI dos países ricos, que contam com mais representação, às nações
em desenvolvimento e pouco representadas.
Dado que no Comitê estão os 186 membros do organismo, a
declaração ratifica o estipulado na cúpula presidencial do G20 em
Pittsburgh há uma semana.
Em sua declaração, o órgão diretor também pediu a adoção de
reformas financeiras "sem atrasos", e os países-membros se
comprometeram a "evitar o protecionismo em todas suas formas".
Também encarregaram os especialistas do FMI a preparar para a
assembleia de abril um relatório que detalhe os princípios para a
retirada coordenada das medidas de estímulo fiscal no mundo todo.
EFE