Investing.com - Os preços do petróleo caíram durante a manhã do pregão europeu nesta terça, ampliando as perdas da sessão de ontem, em meio a preocupações com o aumento de produção nos EUA que pode prejudicar os esforços por outros produtores para equilibrar o mercado.
O petróleo bruto para entrega em março na Bolsa de Valores de Nova Iorque recuou para a mínima da sessão de US$ 52,24 o barril, o nível mais fraco desde 23 de janeiro.
Às 7h15 (horário de Brasília) a commodity operava a US$ 52,36, registrando queda de US$ 0,29, ou 55%, após recuar US$ 0,54, ou cerca de 1% ontem.
No Reino Unido, o barril de Brent para entrega em abril, negociado na ICE Futures Exchange, de Londres, recuou US$ 0,27, ou cerca de 0,5%, operando a US$ 55,05 o barril. Os contratos futuros recuaram US$ 0,38, ou cerca de 0,7%, nesta segunda.
Os preços do petróleo devem encerrar janeiro registrando perdas de 4%, com a confiança dividida entre as expectativas de aumento de produção de shale oil nos EUA e esperanças de que o excesso de oferta seja remediado pelos cortes efetuados pelos grandes produtores.
A atividade de extração nos EUA cresceu em mais de 6% desde o meio de 2016, voltando aos níveis vistos no fim de 2014, quando a grande produção de petróleo nos EUA contribuiu para o colapso dos preços da commodity.
Esta recuperação da atividade de extração levantou preocupações relacionadas ao aumento da produção de shale oil nos EUA e como este aumento pode prejudicar as medidas de outros grandes produtores para reequilibrar a oferta e demanda global.
Países membros e não membros da Opep começaram com uma forte redução na produção de petróleo, sob um acordo de corte do qual não se via há mais de uma década com os produtores tentando reduzir o excesso de oferta e os preços de suporte.
O dia 1º de janeiro marca oficialmente o início do acordo de corte de produção firmado em novembro por países membros e não membros da Opep, buscando reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia, totalizando 32,5 milhões de barris, para os próximos seis meses.
O acordo, se executado conforme o plano, deve reduzir a oferta global em cerca de 2%.
Na Nymex, os contratos futuros da gasolina com vencimento em março quase não variaram, cotados a US$ 1,532 o galão, enquanto que o óleo de aquecimento com vencimento no mesmo mês recuou US$ 0,007, ou 0,4%, sendo negociado a US$ 1,617 o galão.
O gás natural futuro com vencimento em março recuou US$ 0,048, ou 1,5%, cotado a US$ 3,184 por milhão de BTU.