Roma, 21 set (EFE).- O presidente do Banco do Vaticano, Ettore
Gotti Tedeschi, está sendo investigado pela Procuradoria de Roma por
suposta violação das normas para prevenção da lavagem de dinheiro.
Além de Gotti Tedeschi, também está sob investigação outro
importante diretor da entidade financeira, informaram hoje os meios
de comunicação italianos.
A juíza Maria Teresa Covatta decretou a apreensão preventiva de
23 milhões de euros depositados em uma conta corrente do banco
Credito Artigiano em nome do Banco do Vaticano, conhecido como
Instituto para as Obras de Religião (IOR).
Outras duas operações bancárias que previam a transferência de 20
milhões de euros para o banco JP Morgan de Frankfurt (Alemanha) e de
outras três entidades para a Banca del Fucino estão sendo
investigadas pela Procuradoria
Segundo os investigadores, ambos os dirigentes do IOR não
forneceram as informações necessárias impostas pela normativa contra
a lavagem de capitais.
Os responsáveis pelo Banco do Vaticano não indicaram os dados dos
indivíduos e em nome dos quais executavam as operações e omitiram
informações sobre o objetivo e a natureza das mesmas.
O IOR, com sede na Cidade do Vaticano, foi fundado por Pio XII em
1942 e tem pessoa jurídica própria. EFE