SÃO PAULO (Reuters) - Um tribunal egípcio condenou à morte Mohamed Badie, líder da Irmandade Muçulmana, e outros 13 membros graduados do grupo por incitarem o caos e a violência, e condenou um cidadão egípcio-americano à prisão perpétua por ligações com a organização, que é proibida de atuar no país.
Os homens estavam entre as milhares de pessoas que foram detidas depois que o presidente islamita livremente eleito Mohamed Mursi foi derrubado em 2013 pelos militares comandados por Abdel Fattah al-Sis, que agora é o presidente.
Sisi descreve a Irmandade como uma grande ameaça à segurança. O grupo diz que seu compromisso é com o ativismo pacífico e que não teve nada a ver com a violência da militância islâmica no Egito desde a queda Mursi, que ocorreu depois de uma onda de protestos contra o seu governo.
Os julgamentos em massa de membros da Irmandade e de pessoas acusadas de ter ligações com o grupo no Egito, e a dura repressão à oposição dos islamitas e aos liberais, têm atraído críticas internacionais ao sistema judicial do país e em relação ao comportamento do Egito diante dos direitos humanos.
As sentenças, anunciadas através de uma audiência do tribunal transmitida pela TV, neste sábado, podem ser objeto de recurso no mais alto tribunal civil do Egito, um processo que pode levar anos para chegar a um veredito final.
(Por Mahmoud Mourad)