Valparaíso (Chile), 15 set (EFE).- A economia chilena contrairá
entre 1,5% e 2% este ano, previu hoje o Banco Central do Chile, o
que representa uma queda maior do que a prevista até agora, mas
também previu para 2010 uma recuperação mais forte que a projetada
anteriormente.
Ao apresentar o relatório de política monetária (Ipom) de
setembro no Senado, o presidente do Banco Central do Chile, José de
Gregorio, disse que o Produto Interno Bruto (PIB) cairá mais que o
previsto no relatório de maio, quando se previu uma variação de
entre um crescimento do 0,25% e uma queda de 0,75%.
A nova previsão é mais pessimista do que a publicado na semana
passada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que indicou que a
economia chilena contrairá 0,7% em 2009.
No entanto, o Banco Central melhorou sua previsão para 2010, a
uma categoria de entre 4,5% e 5,5%, com base em que a atividade já
retomou seu dinamismo.
Segundo o relatório, a previsão para o próximo ano se sustenta em
diversos indicadores de despesa em consumo e investimento, fluxos
comerciais, preços das bolsas de valores e matérias-primas.
Além disso, observa-se "um progressivo esclarecimento da súbita e
marcada incerteza que afetou as pessoas e empresas no final de
2008", ressalta o relatório.
Sobre a inflação, o Banco Central afirmou que se manterá em
níveis negativos durante o resto do ano e convergirá à meta (entre
2% e 4% anualizado) por volta de 2011.
Este ano, a inflação fechará em -0,8%, enquanto, em 2010, volta
ao terreno positivo, com 2,8%. EFE